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quarta-feira, 16 de novembro de 2011



Ele e Ela – Eram um casal. 
Eles formavam um casal. Ela era tímida, contida e insegura. Ele determinado, alegre e seguro. Juntos eram perfeitos. Era tarde, quente e de pouco vento, ele foi acordá-la, e ela ainda adormecida só murmurava, e ele sussurrou em teu ouvido:
- Quem levanta cedo, aproveita mais o dia.
Ela sussurrou palavras que ele não entendeu, ele acariciou seu rosto, beijou sua testa e mostrou o café da manhã que fez especialmente para ela. Sorriu. Sentou-se na cama, vestiu a camisa dele e prendeu seus cabelos em um coque mal feito, ele apenas sorria.
- Você consegue ser ainda mais linda ao acordar.
- Bobo! – Foi apenas o que disse.
A tarde já havia começado fazia uma hora, ele era paciente. Saíram. Ele a girou no ar, uma, duas, três vezes e ela de olhos fechados sonhava. Ela se arrepiava quando o sentia cheirando seu pescoço, seu cheiro, quente, como dizia. Suas mãos se encaixam perfeitamente enquanto caminhavam na praça. Ele a irritava, bagunçava seus cabelos e ela fazia bico e um grande drama, também pedia mil beijinhos para que ela o perdoasse e ele os dava, e dizia não ser sacrifício nenhum, e realmente não era. A agarrava pela a cintura, e ela gritava feito criança, um grito alto e histérico. A surpreendeu quando se ajoelhou e entregou uma florzinha lilás que arrancou de uma árvore qualquer. Às vezes, ele a puxava e lhe dava um beijo de arrancar o fôlego. Contava piadas sem graça, e a fazia rir. Dizia que ela era a sua mais bela poesia de amor, e arrancava lágrimas de alegria. Gritava “eu te amo” em plena praça e a fazia sorrir. Fazia cena, fazia drama, para que ela fosse até ele e pedisse perdão – pelo o que ela não sabia ter cometido -, e o beijasse várias vezes, até ele falar: “boba!” e ela “Eu sou boba mesmo”. E assim eram suas tardes. Toda melosa, toda alegre e toda apaixonada. Foram feitos um para o outro e mesmo que o mundo dissesse que não, eles tinham certeza disto.
(Incriável)

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