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quinta-feira, 19 de março de 2015

Fixei os olhos em uma direção e parei pra refletir quais seriam os meus planos a partir de agora. Respirei e mantive a calma. Não me deixei levar pelos pensamentos avulsos que por um instante atormentavam. Firmei os pés no chão mesmo com a cabeça na lua. Olhei pra dentro de mim e busquei o meu real valor. Questionei o porquê da insistência em coisas que não são mais importantes, coloquei na balança o que merecia ser pesado e descartado. Reforcei minha fé de sempre. Aproveitei e pedi proteção para prosseguir e maturidade para mais uma vez não enfiar os pés pelas mãos. Agradeço por todos os tombos, afinal, foi com eles que aprendi a andar com a cabeça erguida. É tempo de me orgulhar e de não nutrir auto piedade. Errei para acertar a letra e encontrar o melhor tom. Entre os altos e baixos me estabilizei. Deus tem um propósito pra mim. Se não for hoje, amanhã talvez. Sem pressa. Sou paciente e forte o bastante para enfrentar todas essas provações. Eu sei que vai valer a pena. Aprendi que se a gente pensa positivo o dia rende bons fluídos. E que assim seja. Rogério Oliveira

A verdade é que nem todo mundo esta disposto a caminhar do seu lado. Nem todo mundo é sincero a ponto de não invejar algo que você quis muito e conquistou por merecimento. A verdade é que nem todo mundo é capaz de estender a mão quando a vida te dá aquela rasteira e você sem forças fica estirado no chão. Nem todo mundo sorri com os olhos. Nem todo mundo pensa como você e tem o desejo de salvar meio mundo. Nem todo mundo faz as coisas sem esperar nada em troca. Nem todo mundoestá disposto a escutar teus lamentos e compartilhar contigo experiências passadas. Nem todo mundo tem saco para falar de problemas e apontar o melhor caminho. Nem todo mundo se mostra como deveria e dá a cara pra bater. Nem todo mundo sabe o que se passa dentro de ti. Então silencie. Amadureça por conta de todas as barras, obstáculos e aprendizados que você já viveu. Leva como aprendizado. Se agarre a novas oportunidades. Pense positivo! Seja positivo sempre. No momento tem muita coisa para ser vivida e pouca coisa a ser compartilhada. Vá ser feliz, temos muito pouco tempo para se preocupar com quem não se preocupa!
Rogério Oliveira

quarta-feira, 18 de março de 2015

“Um dia a gente vai se encontrar de novo e o impacto desse encontro será como dois planetas colidindo. Talvez em um supermercado qualquer, numa festa de um amigo em comum, ou, quem sabe… De lados opostos na rua, esperando o semáforo nos dar a liberdade, o livre arbítrio para colidir. Faiscar. Explodir em uma expansão imensurável. Nesse momento, seremos um universo inteiro. Estaremos casados, não com um de nós, com alguém qualquer que acharemos algum defeito para diminuir a dor da substituição. Um de nós com um trabalho dos sonhos, o outro com o que deu pra conseguir, ou, procurando emprego. Algum de nós, talvez, já tenha tido filhos, esses que não possuem a tão cobiçada característica favorita que escolhemos um no outro. Será um grande choque, posso presumir. Tudo será nada, mas, o nosso nada será tudo. Um filme curto dos nossos pequeninos momentos passará em nossas cabeças como em tela de cinema, flashback maldito… Trará, sobretudo, os momentos bons. Eles e a saudade que consumirá os nossos corpos enquanto faiscamos no nada que sobrou do mundo. Tudo estará pálido, lento e em vertigens, apenas nos enxergaremos. Com sorte, cumprimentaremos um ao outro rapidamente, Eu… Ainda terei os mesmos olhos grandes e usarei o mesmo tom de batom, você… Barba por fazer e cabelo desgrenhado. Colidiremos. Desmancharemos essa galáxia inteira com uma explosão de infinitas partículas de saudade. E quanto ao depois? Continuaremos andando ué, deixaremos que nossa rotina nos engula de novo. Quem sabe um de nós olhará pra trás só para o caso de ter certeza que tudo realmente aconteceu. Sorriremos ao pensar que “depois de tantos anos se gastarem…” colidimos. E porque somos assim, tão humanos e covardes, não passará disso. Nós não passaremos de nós… Restos de planetas, pó de estrela e saudade. E a colisão não passará do simples ato de colidir, o nosso mais profundo verbo: Eu colido, tu faíscas, nós universo.”
Hoje em dia somos dois desconhecidos que um dia tiveram alguma coisa. Acima de tudo, sempre gostei de falar para você da minha dificuldade de compreender o mundo como ele é. Nós dois sabemos que espero demais das pessoas. Por que será que sou assim? Hoje você disse uma coisa que achei bonita: “você espera demais dos outros porque tem um coração puro, que de tão puro sofre”. É, eu sofro.
Clarissa Corrêa
“Anota aí: Desapegar das pessoas; se importar menos; não se abalar por nada nem ninguém; correr atrás daquilo que faça seu coração vibrar; ficar perto de quem te quer bem; correr atrás dos seus sonhos; se amar mais; esquecer tudo aquilo que te faça mal. Anota aí: Cair na real.”
— Caio Fernando Abreu.
“Um babaca sempre dá pistas de que é um babaca. Não tem jeito ou santo que cure: quem nasceu pra ser babaca, vai morrer babaca. É fácil identificar homens dessa espécie - por mais que soe estranho, eles são uma espécie que cresce cada dia mais, acredite. Aquele cara que não retorna as suas ligações ou não reponde as suas mensagens, com toda a certeza do mundo, é um babaca. Que tipo de ser humano em sã consciência ignoraria uma mulher como você? A resposta é simples: babacas não pensam. Babacas não sabem dar valor ao que têm em mãos e, exatamente por isso, são chamados assim. Babaca é aquele outro cara que mente olhando nos seus olhos e quebra as promessas que faz, porque babaca que é babaca não tem peito estufado o bastante pra fazer valer a sua palavra. Os babacas geralmente são encontrados em lugares onde o nível de álcool e bunda são maiores. Porque, definitivamente, babaca que se preze não entra em livraria, mas passa cinco ou seis horas dentro de uma academia pra atrofiar o cérebro. Babaca que é babaca vai te ligar bêbado te querendo como última opção e, como se não bastasse, irá deixar isso claro. O babaca vai dizer que te ama até o momento em que o que você tiver pra oferecer não o servir mais. Babaca que é babaca vai te fazer sentir um lixo de pessoa, de mulher, de filha, de amiga. Babacas tem o instinto de arruinar a nossa vida, a nossa auto-estima e o nosso bem estar. Aquele cara que xinga uma mulher, que briga só por brigar e que ri dos outros em uma mesa de bar, não tem pra onde correr: é babaca. Porque babaca nunca admite ser babaca, mesmo sabendo que é. Assim como quem gosta de um babaca nunca admite gostar de um babaca, mesmo sabendo que gosta.”
“Ele é cheio de garotas e pela primeira vez na vida sorri ao pensar isso. Tá certo ele. Bonitão, rico, engraçado e safado. Que mulher não se apaixona por ele? Eu. Eu não me apaixono mais por ele. O que significa que agora podemos nos relacionar. O que significa que agora, posso ficar tranquilamente ao lado dele sem odiar meu cabelo e minha bunda e minha loucura. E posso vê-lo literalmente duas vezes ao ano, sem achar que duas vezes na semana são duas vezes ao ano. E posso vê-lo ir embora, sem me desmanchar ou querer abraçar meu porteiro e chorar. Consigo até dar tchauzinho do portão. Tchau, vou comer um pedaço de torta de nozes e assoviar. Tchau, querido mais um ser humano do planeta.”
— Tati Bernardi.
“Preguiça de fazer amizades, de me apaixonar, de ser feliz. Essas coisas dão trabalho, me acomodei, quem me quiser que venha, eu não vou atrás de ninguém.”
“Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.”