Sempre ouvi dizer que a vida ensina e que o tempo cura tudo. Mas hoje preciso te contar que certas coisas a vida ainda não fez o favor de me ensinar e que o tempo se atrasou e ainda não veio me libertar de uns desejos. (…) O tempo nem sempre cura tudo. Tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. Tenho mágoas que já foram superadas, mas se lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro.
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Como é possível a gente acreditar que gosta de alguém tão sem nada pra gostar? Eu tenho pavor da minha precipitação. Dos impulsos eu gosto, eu sou, mas precipitação, Deus me livre. E eu rezo todos os dias pra nunca mais confundir amar a ideia de amar com realmente amar uma pessoa avulsa. Porque a gente passa tanto tempo sozinha, que não é difícil se encostar em alguém pra descansar. E achar que isso é porto seguro, só porque naquele minuto as pernas já não doem, porque não carregam todo o peso de andar só, ser só, segurar todos os trancos do mundo só. Eu nunca faria isso conscientemente. Eu nunca trocaria a minha solidão colorida por uma companhia preta e branca, se me dessem opção de escolha. Mas quem consegue nos enganar melhor que nós mesmos? Me encontro todo dia, mas vivo me perdendo também. E depois tenho que ficar aqui, sentindo náuseas no mesmo lugar onde havia borboletas, pela pessoa menos gostável do mundo. Desprezo, preguiça, antipatia. O mais triste não é fim do amor. É perceber que nunca foi amor, foi perda de tempo com o cara mais água com açúcar da face da terra. Ele não era inteligente, é chato. Não era culto, é pseudopolitizado. Não era maduro, era fechado pra vida e a imensidão que é viver. Acomodado. Pequeno. Covarde. Reclama de tudo, não faz nada que nem todo mundo que é alvo das reclamações. Crucifica os liberais donos da verdade, mas disputa essa posse como ninguém. Falar de hipocrisia e ser hipócrita é a gripe dos tempos modernos e eu me apaixonei por isso, um gripado em estado terminal. É uma pena, desejo saúde pra ele. E sanidade pra mim.
Marcella Fernanda
Marcella Fernanda
“Então compreendi perfeitamente o que gerava a dor. Não era o corte com a ponta da faca, a topada na quina da cama, o amigo que não liga mais, o café que sujou o fogão, as palavras duras, as notícias na tv, obviamente isso soma-se ao fardo, mas não é ele em si. A dor era gerada pela sede insaciável do nada. Pois quando não se tinha o que queria sofria e quando conseguia almejava outra coisa para sofrer. E é por essa sede que os humanos consomem seus dias, pelos futuros que nunca virão ou que serão fadados quando chegarem. E a maior idiotice era perceber: eu também era um desses tais que nunca estava de barriga cheia.”
— Fernando Pessoa.
— Fernando Pessoa.
“E nós nunca vamos nos beijar na chuva. Eu também nunca vou calar sua boca com um beijo e nenhuma das nossas brigas vão acabar na cama. Eu nunca vou te observar enquanto você dorme e nunca vou fazer cafuné em você quando você estiver com a cabeça deitada no meu peito. Não vamos passar tardes assistindo filmes românticos debaixo das cobertas e comendo brigadeiro. Também não vamos passar madrugadas acordados conversando. Nossos planos não vão se concretizar. Eu não vou ficar com vergonha conhecendo sua família. Não vamos contar aos nossos filhos a longa e estranha história sobre como nos conhecemos. As pessoas não vão olhar pra nós e falarem sobre como nós somos bonitinhos juntos. Não vamos discutir sobre quem vai levantar pra apagar a luz do quarto. Não vamos ter um futuro. Tudo isso poderia ter acontecido, mas não vai. Porque nós dois fomos feitos pra nos conhecermos, nos apaixonarmos, mas não pra ficarmos juntos.”
— Vinícius Kretek.
— Vinícius Kretek.
Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
"Eu sei, todos nós desperdiçamos oportunidades, chances, pessoas, amores… Mas de alguma forma, quando eu te conheci, eu sabia que seria você. Talvez tenha demorado pra perceber, mas o fato foi que percebi e naquele momento eu tive a certeza de que não podia te perder. Eu temia que fosse amor. Mas, de repente me senti tomado por algo mais forte que eu e de alguma forma você teria que ser meu."
— Tati Bernardi.
— Tati Bernardi.
Se eu posso te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode
- Mario Calfat
- Mario Calfat
(... Vai deitar na cama com ela, pensando no meu colo. Vai abraçar ela, tentando sentir o meu cheiro. Vai beijar ela, querendo sentir o meu gosto. Vai olhar pro céu, cansado e se perguntar: Meu Deus, até quando? Porque? Ele vai fechar os olhos e desejar no fundo da sua alma me ter, me ter de volta, me ter por perto. A vida passa, mas o que foi bonito. Ah, meu amigo! O que foi bonito, intenso e verdadeiro permanece, fica. E fica com toda força. Não adianta fugir. Não adianta tentar se esconder, porque a saudade vai te encontrar e insistir em ficar. Não adianta nem me procurar em outros risos. Você nunca vai encontrar alguém que te olha como eu te olhei...)
- Paloma Porto
- Paloma Porto
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
É que eu tinha essa mania de tentar justificar os erros dos outros, dava um motivo pra cada vacilo, um argumento pra cada mentira descoberta. Ele viveu sem o pai, coitado. A última namorada trocou ele pelo melhor amigo. Ele nunca ganhou um carrinho de brinquedo, por isso que gosta de brincar com as outras pessoas, pobre menino. Era patético, eu sei. Acontece que conheço milhares de mulheres com milhares de desculpas pra justificar o porquê o cara não gosta dela. É triste, já me sujeitei a cada coisa e já vi muita mulher se sujeitando a coisa pior. Ele ainda não me pediu em namoro porque ainda não tá pronto pra um compromisso. Não aguento. Homem, quando gosta, quando gosta mesmo, tá disposto a tudo. Esquece do pai que nunca viu, da ex namorada periguete e do carrinho de brinquedo que nunca teve. Não tem desculpa esfarrapada, ele quer você e é isso, sem justificativa. A gente tem mania de dar valor no que não vale nada, mulher tem essa sina, um saco. Mas chega de desperdiçar amor, de quebrar o coração por pouca coisa, chega de carregar nas costas quem mal te dá a mão – desapega de quem não faz questão de se apegar em você.
Teca Florencio.
Teca Florencio.
Não fique ai remando contra a maré, dando murro em ponta de faca. Veja – se não fora pra ser, não vai ser. Acredite em mim. Coisa boba essa sua tentativa de ir além. E olhe, eu não estou pedindo pra você desistir não, não é isso. Eu só quero que você pense mais, que leia mais. Que tenha argumentos melhores. Você está muito nova ainda.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
Agora eu vou embora, e dessa vez é de verdade... Cansei de dar o meu máximo pra você, e não receber nada mais do que desprezo. Nunca é tarde pra tentar viver de novo, eu nunca fui covarde e não é agora que eu vou ser. Eu bati de frente contra Deus e o mundo pra que tudo desse certo, não tenho medo de assumir que minhas tentativas deram errado, por que sem os erros a vida da gente não tem graça. Eu não quero ser só mais uma, por que meu coração não é tapete pra qualquer um pisar em cima. Todo mundo quer sentimento, eu só queria carinho, que eu até tive um pouco mas foi passageiro... Não existe nada mais gelado do que um abraço sem amor. Você acabou sendo egoísta e me fez pensar assim, porque me tinha na palma das mãos, mas é como eu disse: TINHA. Agora não tem mais. O meu coração tá leve, e a minha consciência tá tranquila, porque eu fiz o que podia por aquela relação. Mas é que nem diz minha mãe 'paciência tem limite', e até o guri mais canalha sabe disso. Sempre pensei em você, e você nunca pensou em nada, mas assuma pelo menos, que as meninas que você pegava, mesmo juntando todas não dá uma. Era tudo tão bom, mas cansei de fazer amor á noite, e pela manhã ouvir você dizer que não me queria mais... Agora, tu que encontre outra pra aturar as tuas patifarias. O teu mal humor que só eu conseguia aturar, e as tuas ressacas das noites que virava sozinho. Agora sim, vou ter um final feliz, por que eu já sofri demais, e tá chegando a tua vez. Vai ser ruim quando ver teu amor não assumido indo em bora. Quem não dá valor sempre perde. Agora eu vou mandar e desmandar, agora eu vou começar a escolher, por que eu já cansei de ser escolhida!
"Sou meio complicada de entender, as vezes nem eu mesma me entendo... Fico com raiva do nada, assim mesmo, sem motivo... Mas também fico feliz do nada, me magoou fácil, tem horas que coisas bobas me deixa triste, coisas que quem fala nem vai imaginar que vai me deixar mal mais deixa, e ás vezes até demais. Sou sempre alegre, estou sempre rindo, falo até demais mais sempre que fico chateada fico bem calada, me fecho pra todos... Me apego fácil e muito, e é uma missão quase impossível me desapegar depois, sempre sofro, posso até me desapegar, mas nunca esqueço da pessoa. Não consigo ter raiva de ninguém, a pessoa pode me fazer coisas ruim que mesmo assim não tenho raiva, odeio esse meu lado, eu gostaria de pelo menos conseguir ser mas fria com quem errou comigo, mas eu não consigo. Quando AMO, amo de verdade, nem as dificuldades, distancia ou tempo faz eu deixar de gostar, mesmo amando sozinha eu não desisto, é bem tenso isso, doe muito, mas fazer o que, não consigo deixar de amar fácil. Sou chata, as vezes irritante, perturbo muito AS PESSOAS QUE EU GOSTO, admiro eles por me aturar todos dias sou chata, boba, mas é o meu jeito de demonstrar que eu gosto, um jeito meio estranho eu sei, mas é o meu jeito. Mas eu também me importo, me preocupo, cuido, ajudo, tento fazer as pessoas rirem, faço de tudo pra demonstro que gosto. E assim sou eu, meio bipolar eu acho"
"Quando Deus ver que você está pronto para um compromisso, Ele vai revelar a pessoa certa, sob as circunstâncias corretas. Seja paciente. Não perca seu tempo procurando e se machucando. Deus sabe todas as coisas. E quando estiver realmente pronto, Ele vai te dar uma história de amor muito melhor do que você sempre sonhou."
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Eu poderia te ligar. Chamar no bate-papo com a desculpa boba de ter errado de janela ou mandar uma simples sms dizendo que sinto a sua falta. Poderia mandar as indiretas mais diretas possíveis, onde só faltaria ter o teu nome. Eu poderia dizer que você mudou a minha maneira de pensar, que você conseguiu fazer comigo o que todos achavam impossível - Ser uma pessoa melhor. Poderia te implorar para voltar e não sair mais de perto. Poderia… Mas deixa assim. Estou bem do jeito que está. Se você se acostuma - Vou me acostumar.
O que o homem é com sua mulher, diz muito sobre ele. Traição por exemplo, trair é realmente fácil pra quem não tem lá seus valores. Mas o que tem caráter vai pensar 1000 vezes antes de machucar alguém que goste, pelo simples fato de RECONHECIMENTO. Reconhecer, que quando você está em crises, é sua namorada que está do seu lado te apoiando, não te deixando cair. Quando você está com problemas, é ela quem te aconselha, ouve seus desabafos. O seu mau humor e sua irritação, a primeira pessoa que sente e suporta é ela, segurando as pontas. Quando está mal, é ela que faz de tudo para cuidar de você. Que em todos os momentos, ela deixou de lado a vida dela, pra ir viver a sua, que muitas vezes ela esta passando por crises, mas guarda as suas crises numa caixinha para ir tratar as suas. E a outra? Será mesmo que ela te apoia? Abre mão de suas coisas por você? Ela certamente não vai esperar seus atrasos, não suportará seus desencantos, suas grossuras, sua falta de romantismo, seus ataques de ciúmes, e suas reclamações de o quanto ela é chata. Tem que perceber, que ficadas em vão, sexo casual, “conversinhas jogadas fora” não são o suficiente pra ter um relacionamento, e muito menos trocar isto por um.
(…)
Mas para o medroso não funciona assim. O medroso é aquele cara que some depois de ter te apresentado à família. É aquele que fica frio depois que os amigos disseram que vocês foram feitos um para o outro. O medroso é aquele que mesmo recebendo todo o carinho e atenção de quem ele realmente gosta, prefere manter duas ou três opções na manga, para o dia em que você der um pé na bunda dele.
O amor covarde tem medo de amar e ser abandonado, mas acaba sendo abandonado justamente por não ter sido amor.
E é assim, depois de perder todas as oportunidades, sozinho no seu quarto, que o medroso constata que o que ele sentia era real. Que ele queria fazer parte dos seus planos, que você era uma boa idéia.
( Jéssica Mendes )
Mas para o medroso não funciona assim. O medroso é aquele cara que some depois de ter te apresentado à família. É aquele que fica frio depois que os amigos disseram que vocês foram feitos um para o outro. O medroso é aquele que mesmo recebendo todo o carinho e atenção de quem ele realmente gosta, prefere manter duas ou três opções na manga, para o dia em que você der um pé na bunda dele.
O amor covarde tem medo de amar e ser abandonado, mas acaba sendo abandonado justamente por não ter sido amor.
E é assim, depois de perder todas as oportunidades, sozinho no seu quarto, que o medroso constata que o que ele sentia era real. Que ele queria fazer parte dos seus planos, que você era uma boa idéia.
( Jéssica Mendes )
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Hoje vi um casal de cegos e fiquei surpresa com tamanha felicidade dos dois. E tomei uma grande curiosidade, então procurei saber mais sobre os dois. Fiquei assustada quando me disseram que eles são cegos de nascença e desde que se conheceram não se desgrudam mais. E quando dizem que o amor deles é impossível porque "o que os olhos não vê, o coração não sente", eles respondem: "vocês que amam com os olhos não sabem o quanto é bom amar com o coração."
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Saiba a hora certa de sair de cena. Entenda quando você é bem quisto ou quando realmente está incomodando. Não implore amor, carinho, sentimentos e muito menos atenção. Se não te notam quando você chega, seja educado, cumprimente e em seguida se retire. Não vale querer ter por perto quem não te quer. As pessoas são imprevisíveis. Acostume-se! Algumas lidam com você por interesse, outras por gostar realmente da sua companhia e as outras esteja certo de que apenas te suportam. Você não pode obrigar os outros a agirem como você. Se sente sua falta, deixe que te procure. Com tantas formas de comunicação hoje em dia, ainda tem quem mande aquela de sempre: ''Nossa, você sumiu!'' E aí no pensamento a gente remói um ''Sumi, mas o número do meu telefone continua o mesmo. Ainda tenho uma conta no facebook e você me tem em todas as redes sociais. Curtiu até uma foto minha ontem... Que engraçado não?''
Mas a gente respira e manda um: ''Pois é, é bom sumir de vez em quando.'' Sumir de vez em quando é bom, a gente percebe quem sente a nossa falta e quem apenas finge que sente. Consegue entender a diferença? A gente coloca na balança quem realmente deve permanecer na vida da gente e quem apenas serve como figuração. Ficar longe faz permanecer apenas o que é verdadeiro. O resto é resto, apenas.
Rogério Oliveira
Mas a gente respira e manda um: ''Pois é, é bom sumir de vez em quando.'' Sumir de vez em quando é bom, a gente percebe quem sente a nossa falta e quem apenas finge que sente. Consegue entender a diferença? A gente coloca na balança quem realmente deve permanecer na vida da gente e quem apenas serve como figuração. Ficar longe faz permanecer apenas o que é verdadeiro. O resto é resto, apenas.
Rogério Oliveira
"Você viveu um grande amor que terminou meses atrás. Está só. Nada nesta mão, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto seus colegas de trabalho aquecem as turbinas para o fim-de-semana, você procura no jornal algum filme que ainda não tenha visto na tevê. Ao descobrir que vai passar Kramer vs. Kramer de novo, não resiste e cai em tentação: liga para o ex.
Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ele também estiver sozinho, é sopa no mel. Os dois já se conhecem de trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar a vigência do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel.
Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou à separação continua por ali, escondido atrás do sofá, e qualquer hora aparece para um drinque. O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados.
Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando só as partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? À sós no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída.
Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, pode-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas, revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cá entre entre nós, isso não mantém o brilho do olho.
Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha a ré. Engate uma primeira nesse coração."
Martha Medeiros
Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ele também estiver sozinho, é sopa no mel. Os dois já se conhecem de trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar a vigência do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel.
Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou à separação continua por ali, escondido atrás do sofá, e qualquer hora aparece para um drinque. O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados.
Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando só as partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? À sós no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída.
Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, pode-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas, revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cá entre entre nós, isso não mantém o brilho do olho.
Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha a ré. Engate uma primeira nesse coração."
Martha Medeiros
“Quando um pássaro está vivo, ele come as formigas, mas quando o pássaro morre, são as formigas que o comem. Tempo e circunstâncias podem mudar a qualquer minuto. Por isso, não desvalorize ou machuque ninguém e nenhuma coisa à sua volta. Você pode ter poder hoje, mas, lembre-se: O tempo é muito mais poderoso que qualquer um de nós! Saiba que uma árvore faz um milhão de fósforos, mas basta um fósforo para queimar milhões de árvores. Portanto, seja bom, faça o bem.”
Aprendi que duas pessoas discutindo, não quer dizer que se odeiam. Que duas pessoas felizes, não quer dizer que se amam. Que o mundo dá voltas e a vida é uma sequência de desafios. Que algumas feridas saram, outras não. Que quem vive do passado é museu. Que quem vive do futuro, não vive, Sonha. Que com a pessoa certa, uma vida é pouco tempo. Que com a pessoa errada, um minuto é muito. Que mesmo acompanhado, ainda posso estar só. Que caráter vem do berço, não se compra. Que Amor não se exige, se dá. Que meus amigos eventualmente vão me machucar, são humanos. Que um ato pode mudar toda uma vida. Que nem toda uma vida pode mudar alguns dos nossos atos. Que o importante pra mim, não é pra outros e isso não é defeito. Que a decência é uma prática diária. Que humilhar é a pior das covardias. Que a capacidade de amar é nata, não depende de terceiros. Que a beleza está nas boas coisas da vida,até nas mais simples. Que tudo muda para melhor ou para pior mas muda.Que nada é pra sempre, então aproveite enquanto dure!
- É engraçado o jeito que você mexe comigo. O jeito que me faz pensar em você o dia todo. O jeito que me olha, que me toca. O jeito que me faz sentir saudades e desejar você aqui do meu lado a todo instante. Engraçado também é que no começo não pensei que seria assim tão intenso, tão verdadeiro. E olha só hoje, já não posso viver sem você.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Aceitar um fim é aceitar um novo começo. Continuar numa relação onde as pessoas não mais se relacionam faz tanto sentido quanto ir patinar porque está com fome. Você perde tempo, pessoas, vida. Você ganha arranhões que poderiam ter sido evitados, ganha mágoas de alguém que poderia ter sido sempre especial e só. Ninguém disse que iria ser fácil, ninguém disse que não iria doer. O costume grita e você pensa que é o amor ainda vivo em algum canto. Grande engano, grande perigo. Até que o costume mude de figura, tudo é vazio, lembrança, saudade, tudo é ele. Mesmo depois do fim, mesmo sem amor. É o velho vício de mexer na ferida, sentir fisgada só pra não ficar sem sentir nada. E você ouve muitas fórmulas pra fazer tudo isso passar mais rápido, muito atalho tentando driblar o tempo. Não vou dizer que nenhum funciona, assim como não digo que algum funcione a longo prazo ou definitivamente. Não importa quantos corpos você tenha no verão, no inverno você sente falta da história, da alma, das manias. Vai ser ele por um bom tempo o dono das saudades bobas, das carências mais fortes, do carinho. E não tem fórmula mágica pra isso. Agora, se acabou, com certeza teve um bom motivo, já deixou de ser bonito como nas lembranças preferidas, por mais difícil que seja lembrar dos fatos por esse ângulo. E pro costume tomar uma nova forma, você tem que usar novos moldes, sem recaídas, sem se fechar pro mundo. Você vai tentar substituir ele por outro, assim, como quem muda de manteiga no café da manhã. E pode dar muito certo por uns meses, depois o novo cara é só mais um anexo no arquivo de decepções e a saudade, de algum modo estranho, nem é do cara novo. Tantas promessas de tudo ser diferente e no fim tudo sempre tão igual. E o vazio só aumenta, uma bola de neve. Até o dia que você acordar de manhã, se olhar no espelho e entender que ali tem alguém inteiro e com tudo que você precisa pra ser feliz. E esse dia, anota aí, vale mais que anos. Não se cura um amor com um novo amor. Se cura com amor-próprio.
Marcella Fernanda
Marcella Fernanda
"Não sou de correr atrás de ninguém, tenho o orgulho entalado na garganta. Minha paciência se esgota com facilidade. Pra mim é “oito ou oitenta”, não existe meio termo. Cheguei no limite em que não necessito de tantas coisas. Joguei fora todo acumulo, seja lá de sentimentos ou de cartas velhas espalhadas pela casa. Cansei de ver gente colecionando corações e levando junto o meu. Não, isso não é uma indireta, até por que não tenho medo de falar nada. Sabe o que me aconteceu? Peguei uma caneta e giz de cera, comprei uma cartolina, coloquei na parede de frente pra minha cama e escrevi: Toma vergonha na cara menina, levanta essa cabeça e vai viver!"
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
"O tempo passa. A vida acontece. A distância separa. As crianças crescem. Os empregos vão e vêem. As pessoas não fazem o que deveriam fazer. Os colegas esquecem os favores. O coração para sem avisar. Mas os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo nem quantos quilômetros tenham afastado vocês . Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabemos das incríveis alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do quanto precisamos uns dos outros. Mas, ao chegarmos ao fim da vida, já sabemos muito bem o quanto cada um foi importante pra nós".
"A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior." - Martha Medeiros
"Não dá pra sorrir para as pancadas que a vida dá, tampouco oferecer a outra face. Tem coisa que é difícil de engolir, tem ferida que arde, tem cicatriz que incomoda, tem incomodação que tira a gente do sério. Mas tudo tem jeito, ainda bem que nada disso é definitivo, nada é um ponto final, nada é irreversível."
"Eu sempre dei muito valor a ele. Porque ele era sincero, diferente. Sempre passei por cima de muitas coisas porque, apesar dos vacilos, ele era especial. Até o dia em que eu entendi que eu também era incrível e que se alguém teria que ter medo de perder entre nós, definitivamente não era eu. Foi aí que eu parei de engolir desculpas nunca acompanhadas de arrependimento. Foi aí que eu abri a porta e deixei ele ir. Quer liberdade? Boa sorte. Quando voltar e outro cara te atender, não sei, fica feliz por mim e tenta ser livre!"
Marcella Fernanda
Marcella Fernanda
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Faz meses que não te vejo, ‘que não falo com você’. Não sei se você está bem, se está estudando, se está gostando de outro alguém ou se às vezes ainda sonha comigo. Nada mais sei sobre você, além do que sobrou. Recentemente vi umas fotos suas, o corte de cabelo ainda era o mesmo, o físico, o estilo de roupas. Mas tinha algo diferente, eu sei que tinha, porém, como eu poderia explicar? Era algo no seu olhar castanho escuro, como se faltasse algo por dentro de você. Era o formato dos traços do seu sorriso, como se tivesse perdido um pedaço de você… Então lembrei, talvez o que faltava, era o pedaço de você que eu levei comigo, e não consegui te devolver.
— Erllen Nadine
— Erllen Nadine
"Ela tem a personalidade forte, não se rende à um simples “eu te amo”, fica com ciúmes mas esconde o jogo, teima que quem manda é ela, mas sempre obedece. Se faz de durona, mas tem medo de altura. Passa a impressão de ser independente, mas adora saber que existe alguém que cuida e se preocupa com ela. Ela é cheia de defeitos, mas é repleta de grandes qualidades. Ela tem o gênio difícil mas é isso que faz, eu me apaixonar todos os dias por ela.”
Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
Caio Fernando Abreu
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
Caio Fernando Abreu
“A paixão tem suas etapas. Primeiro a negação: eu apaixonada? Imagina. Ele é impossível, nunca vai me dar bola. Depois a maximização: ele é mais inteligente, mais bonito, mais engraçado. E todos os mais possíveis para que ele seja mais desafio para você, mais inveja para as suas amigas, se você aparecer com ele na festa, mais fadinhas dançantes para fazer cosquinha no seu ego problemático. Daí é a vez da “superlativização”: em vez de ser mais, ele é “o mais”, o mais fodido, o mais inteligente e o mais gostoso. E você está a um passo do endeusamento: “ele é único”, aí fodeu. Se ele é único, ele é a sua única chance de ser feliz. E, se ele não quer nada com você, você acaba de perder a sua única chance de ser feliz. Bem-vinda à depressão. Como você é ridícula, amor platônico é para adolescentes. Lá fora há milhares de possibilidades de felicidade, de felicidades possíveis. De realidade. E você eternamente trancada na porta que o mundo fechou na sua cara. Fazendo questão de questionar e atentar o inexistente. Vá viver um grande amor. Olha, faça um favor para mim, antes de tremer as pernas pelo inconquistável e apagar as luzes do mundo por um único brilho falso, olhe dentro de você e pergunte: estupidez, masoquismo ou medo de viver de verdade?”
Tati Bernardi
Tati Bernardi
Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos… Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. … E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
Ele é cheio de garotas e pela primeira vez na vida sorri ao pensar isso. Tá certo ele. Bonitão, rico, engraçado e safado. Que mulher não se apaixona por ele?
Eu. Eu não me apaixono mais por ele. O que significa que agora podemos nos relacionar. O que significa que agora, posso ficar tranquilamente ao lado dele sem odiar meu cabelo e minha bunda e minha loucura. E posso vê-lo literalmente duas vezes ao ano, sem achar que duas vezes na semana são duas vezes ao ano. E posso vê-lo ir embora, sem me desmanchar ou querer abraçar meu porteiro e chorar. Consigo até dar tchauzinho do portão. Tchau, vou comer um pedaço de torta de nozes e assoviar. Tchau, querido mais um ser humano do planeta.
Tati Bernardi
Eu. Eu não me apaixono mais por ele. O que significa que agora podemos nos relacionar. O que significa que agora, posso ficar tranquilamente ao lado dele sem odiar meu cabelo e minha bunda e minha loucura. E posso vê-lo literalmente duas vezes ao ano, sem achar que duas vezes na semana são duas vezes ao ano. E posso vê-lo ir embora, sem me desmanchar ou querer abraçar meu porteiro e chorar. Consigo até dar tchauzinho do portão. Tchau, vou comer um pedaço de torta de nozes e assoviar. Tchau, querido mais um ser humano do planeta.
Tati Bernardi
Um dia, quando eu era; bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. Minha mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs.
trecho do livro O Caçador de Pipas
trecho do livro O Caçador de Pipas
"Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas. Tudo isso estimula a gente, clareia a cabeça, refresca. Por que não?"
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
“O que tá acontecendo no mundo é uma onda de carência enorme. Do mesmo jeito que é fácil conhecer pessoas, é fácil essas pessoas conhecerem outras pessoas e te trocar. Assim, as relações estão muito superficiais. Amor começa, amor acaba, sua vida segue, suas contas chegam e se uma pessoa causa uma bagunça na sua vida, tá na hora de organizar melhor a sua mente e nunca mais deixar isso acontecer. Amor é bom quando é saudável. Se te faz sofrer, o nome disso é ex."
"Existem momentos na vida em que a melhor saida é seguir em frente. Focar em você, você e você. Deixar para trás o que ficou para trás. Respirar novos ares, conhecer novas pessoas, e viver novas aventuras. E se no caminho alguém olhar para você te chamando de egoísta, você responde: Não sou egoísta, apenas conheci o amor próprio..."
Eu acho que a grande ironia dos relacionamentos é o comecinho de tudo. Mais especificamente, aquele "Nossa, você é incrível, como os outros puderam ser tão babacas com você?". Nunca sabem, mas sempre fazem três vezes pior. E eu nunca sei quantas vezes cada um pronunciou o discurso mágico do pra sempre, mas eu sei quantas vezes eu ouvi e como tudo isso sempre termina. O grande problema de muita gente é achar que sabe amar, mas passar longe disso. É o pior tipo, porque eles não estão dispostos a aprender, já sabem, estão certos e fim. Gente que carrega uma idealização engessada e tenta jogar o outro no meio, moldando, aperfeiçoando, consertando o que não tá quebrado. Só que o meu grande problema é que eu sou livre demais pra me encaixar nas vontades de alguém. Livre demais pra viver atrás de grades. Amor não é jaula. E eu não sou um animal de estimação, não preciso ser domesticada. Sou fiel porque eu sou assim, fiel aos meus sentimentos e principalmente a mim. Sem precisar de coleira. É só por isso que eu fico e por isso também que eu vou embora. E se eu escolho ficar, meu Deus, é o máximo que eu posso fazer. Não vou me anular e entregar a minha vida nas mãos de ninguém. Mal sabem cuidar deles próprios. Amor não é aquilo que tudo suporta, que pede, suplica, implora. Amor é nenhum dos dois irem embora, apesar das portas abertas. O resto é besteira da boca pra fora e isso eu dispenso, obrigada. Aconteça o que acontecer, eu não morro. E não saber lidar com isso, não é um problema meu, é ego deles. A grande doença do século XXI, só importa o poder, a posse, ganhar, dominar e exibir. Não sou troféu. Não sou uma poodle. Não sou desse tipo de mulher pequena, que se carrega no bolso. Graças a Deus! Sorte a minha. Azar o de vocês.
Marcella Fernanda
Marcella Fernanda
Assinar:
Postagens (Atom)