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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eis que quando você já estava perdendo a esperança, ela surge na mesa ao lado. Os cabelos encaracolados castanhos e volumosos. Na pele, nada de sombras azuis, na boca, nem sinal de batom vermelho. Você desce o olhar pra notar os seios, que caberiam na palma de uma mão, delicadamente pesando pra baixo. Não há ferros nem bojos fazendo o crime de impedir que eles dêem aquela leve caída dos deuses. As mãos que viram as páginas do cardápio são inegavelmente femininas – dedos pequenos, revelam uma surpresa em suas pontas – não há esmaltes – nada de cabaret, new york, beijo molhado, preto fosco, verde palmeiras. Nos pés também não se vê aquela pontinha de band-aid denunciando que a escolha da noite passada periodizou a beleza, e não o conforto. Seus pés parecem felizes dentro de um sapato confortável. As roupas, mostram pouco diretamente, mas deixam vários sinais de que o que está por baixo delas é um conjunto inteiro que faz muito mais milagres do que só uma bunda malhada. Ela parece não se importar com padrões porque o que importa nela é ela mesma – e porque sabe que não adianta de nada uma embalagem bonita se o conteúdo não surpreender. Sabe que a vida é curta demais e decidiu gastar seu tempo com coisas que realmente importam. Na verdade, ela está pouco se fodendo pra essa disputa de pessoas vazias em busca de um lado externo perfeito. E, se você quer mesmo saber, ela não dá a mínima se você a acha menos gostosa por isso.
Casal Sem Vergonha

"Mas chega, se não houve troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais, abandono demais, e você está nessa vida para evoluir, mas não para sofrer.Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz. "
Tati Bernardi

Fiquei chateada. Vi que nunca vou deixar de ser trouxa, eu e meu coração mole cheio de mosca comendo o sagu igualmente mole. Tudo bem, penso eu. A vida segue. Ser humano é aceitar que a decepção faz parte da vida. A esperança, como boa guerreira, consiste em não saber ao certo se o outro quis de fato magoar você ou se foi tudo sem querer. Tomara que ele descubra. Tomara que, enfim, as coisas possam voltar a ser o que eram. Talvez um pouco arranhadas ou até coladas com algo que grude e não mais solte. Tomara que, ainda que seja uma costura paraguaia, um abraço ainda possa ser dado. Fiquei chateada, mas não a ponto de jogar a toalha, isso é demais pra mim, um ser que acredita. Até agora só joguei o sutiã. Espero que você não tenha desaprendido a caminhar.
Clarissa Corrêa

O amor não é uma desculpa. Você não pode justificar o ciúme com o amor. Sinto ciúme de você porque te amo demais. Eu já disse isso, mas hoje vejo diferente. Se eu amo demais, o problema é meu. Dizer que ama e quantificar o amor só serve para quem sente. Se eu tenho o maior amor do mundo, o mais puro e o que mais me faz feliz o problema é exclusivamente meu. Sabe por quê? Não importa o amor que eu sinto, não para o outro. Para o outro importa como eu demonstro, me comporto e vivo esse amor. O que adianta eu dizer que o meu amor é o mais puro de todos se eu não mostro isso? O amor não é uma palavra bonita. O maior problema do mundo, hoje, é esse. As pessoas acham que falar basta. Não, falar não basta. O amor não tem que ser dito, ele precisa ser sentido, senão ele não sobrevive.
Clarissa Corrêa
Pessoas não foram feitas para serem substituídas, por mais chatas, ultrapassadas e cheias de defeitos que elas sejam. Todo mundo dá defeito, até videogame dá defeito. A diferença é que depois de um certo tempo eles podem ser trocados por algum outro mais avançado. Ainda não vi uma loja que conserte pessoas. Seria ótimo. Mas não existe. Gente tem mania de querer ser importante, por mais inútil que seja. Tu não pode trocar as peças, é isso aí mesmo, e acabou. Pessoas tem fases também, algumas são mais fáceis, outras cansativas. O que te faz continuar jogando é o espírito esportivo, a paciência e a expectativa de ganhar alguma coisa no fim. Faz algum sentido?Resumindo… Videogames e pessoas só querem que você não desista.
But, I like you

As pessoas não têm paciência para relacionamentos. Se está ruim elas simplesmente trocam. Não tentam, não se empenham, não lutam para dar certo. Não acho que a gente tem que aceitar tudo que o outro nos dá. Não acho que temos que cruzar os braços para o que está errado. Mas o amor exige uma dose de sacrifício. O amor não é descartável. O amor não pode ser jogado fora. Não dá pra fazer uma lipo no amor. A gente tem é que lutar por ele. Diariamente."
Clarissa Corrêa

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sobrava amor, junto com quilômetros de distância também. A gente se gostava, não tinha segredo. Mas tinha a porcaria do tempo, das mil ruas e estradas no meio de nós dois. Enquanto todo mundo achava impossível, a gente planejava um jeito de ficar junto – esperança somada com ingenuidade, a gente acreditava na gente. Dois corações batendo pela vontade de ta junto, dois corações partidos por não estarem. Era difícil, sofrimento diário, vontade de abraçar o nada, vontade de dormir com o computador do lado pra ter uma amostra mínima de como seria ter ele por perto – loucura. Querer alguém que também te quer na mesma intensidade é raridade num mundo de corações estilhaçados – a gente já tinha o mais difícil, só faltava o destino se tocar e traçar um atalho pra gente ficar junto. Era pedir demais? Cada conversa fazia meu mundo girar uns 180º, cada risada solitária sem ele do lado só me dava mais certeza de que eu queria ele comigo. Cidades diferentes, vontades iguais. Amor a distancia é a maior prova de que o amor pode acontecer em qualquer hora, em qualquer lugar e até mesmo em lugares diferentes ao mesmo tempo – coisa de outro mundo. A gente não ia desistir, eu não ia desistir – eu sabia que as nossas mãos se encaixavam, mesmo que a gente nunca tivesse andado de mãos dadas. Valia a pena esperar.
Teca Florencio.
“Tenho uma má notícia para você: relacionamento não é só prazer. Não é só festa, viagem, risada, diversão, brinde, sexo, beijo, cumplicidade. Relacionamento tem fase chata, de vez em quando é uma merda, tem briga, discussão, chatices, rotina, implicâncias, ciúme, bate boca. A gente tem que lidar, conviver e amar uma pessoa que veio de outra família, outro mundo, tem outra criação, outros costumes,
 outro pensamento, outro jeito de viver, é outro. Você tem que aceitar aquele outro como ele é e isso dá muito trabalho. O amor é lindo, sim, mas ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos (e os medos do outro). Para amar você não pode ter preguiça senão o final nunca vai ser feliz.”
— Clarissa Corrêa
“(…) Eu lembro, amor. De tudo, cada passo que a gente deu para as diversas direções que já fomos. Lembro das brigas também. Lembro de já ter ficado triste por te deixar triste. Lembro de me sentir mal com isso. Lembro dos momentos em que a gente foi bobo e feliz. Lembro que sou feliz a maior parte do tempo, pelo simples fato de você existir em mim. Lembro de descobrir que um sentimento não serve p
ara ser dito, como coisa que fica bem em filme ou texto, ele tem que ser vivido de forma plena. Lembro de não conseguir me permitir sentir tanta felicidade assim. Lembro da tua mão, que sempre acha a minha. Lembro dos teus dedos, que sempre me fazem carinho. Lembro da tua boca, que sempre me acalma. Lembro do teu rosto de menino, que me olha como se ainda fosse aquela primeira vez. Lembro de cada coisa que descubro, manias, gestos e pensamentos.”
— Clarissa Corrêa.
“Estamos juntos. Perto ou longe, tanto faz, continuamos juntos. Sinto sua presença, sinto seu toque, sinto você. Sinto sua alma perto da minha. Sinto você dentro do meu peito e da minha mente, pois onde quer que eu olhe, tudo me faz pensar em ti e no quanto te amo e te quero perto. Hoje pensei em você quase o dia todo, era como se você estivesse aqui do meu lado, era como se a tua alma estivesse d
o lado da minha fazendo uma visita. Senti tanto você que até deixei escapar um sorriso. Acho que meu coração também te percebeu, pois começou a acelerar tão rapidamente, que pensei que fosse sair do meu peito em direção aos seus braços. Agora sei porque mesmo de tão longe, te sinto aqui, segurando a minha mão. Mesmo longe dos meus olhos, você está perto do meu coração. Aliás, está dentro.”
— Giulia Mainardi.
“Eu duvido. Duvido que você não chame meu nome quando você sente falta de alguém, duvido que não sinta falta do meu carinho sempre tão sincero, falta de me contar como foi seu dia, as histórias da sua vida que sempre foram para mim melhor do que qualquer novela. Duvido que você não me procure nas biscates que você pega por aí, sempre tão vazias. Vazias igual a sua liberdade idiota que nunca te serviu para porra nenhuma. Talvez esse seja o nosso problema, eu sou completa demais para sua vidinha mais ou menos. Eu sinto, eu penso, eu falo, eu te conheço, isso te assusta, né? “Tô invadindo seu espaço? Desculpa.” Essa fui eu, durante todo esse tempo, me desculpando por que mesmo? Me diminui para você ficar maior, para você não me perceber entrando na sua vida. Se você pudesse sentir o quanto isso dói você quem iria se desculpar. Eu queria ligar para você, e te falar sem pausas tudo que eu ensaio toda vez que você me magoa, mas nunca digo para não te magoar, afinal você não me faz mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural. Bobagem, como se algum ensaio no mundo fosse me deixar firme depois do seu ‘alô’. Então é isso, tô te escrevendo. Sempre fui mais segura com as palavras. Tô te escrevendo para talvez um dia te enviar, mas to escrevendo. E não é sobre você dessa vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim tá difícil meu bem. Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo para ser mulher; Sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de você um homem. Sobre muitas coisas, mas principalmente, sobre quantos homens eu poderia estar saindo nesse exato minuto. Não é com você, é comigo sabe? Por exemplo, eu te idealizo nesse momento como o melhor, não que você seja. Acho legal você brincar com a sorte, mas se eu fosse você não teria tanta certeza da minha posse assim. Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se eu vou te dar essa notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do seu umbigo. Ficou chocado? Acontece. Só queria te dá um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por você, tira uma mão da liberdade e segura um terço. Fica assim, agarrado nas duas coisas sabe? E reza, reza muito para não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer. Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência. E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou, sempre foi assim. Mas deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto.”


* Tati Bernardi
“Gosto quando se entrega pra mim. Quando demonstra que esta feliz por estar comigo, quando ri de qualquer coisinha besta que eu digo. Sei lá, isso me faz bem. Me faz pensar que você gosta dessa coisa de “estar junto”, e que nada mais te importa quando somos só você e eu.”
— Tati bernardi
Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de acreditar nisso na quinta série quando a moça que trabalhava na biblioteca do meu colégio me disse que estava se separando do marido dela. Meus pais estão juntos até hoje, mas a gente sabe bem como vão as coisas ali. A moça da biblioteca chorou. Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui, vai trazer algo congelado pra gente ver ser aquecido no forno e comer enquanto falamos bobagens. Não quero te odiar. Não quero falar mal de você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem ama. Pois é, Amanda, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como ontem à noite você cuidou. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.”
— Tati Bernardi.
“Queria que pelo menos alguém um dia, levasse em conta o que vivi, o que tenho vivido, o quanto já cai e o quanto levantei em consideração antes de julgar-me. Sei que o que vivi não me livra das minhas falhas, nem quero que isso aconteça, só estou pedindo pra chegar devagar que eu ando frágil, pra não gritar que estou pensando e ando lenta por fora, em alta velocidade por dentro. Que eu ando precisando da compreensão dos sábios…”
— Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eita homem pra me beijar. Coisa chata. Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro. Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de trinta anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz? Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho.


Tati Bernardi
Ás vezes tenho curiosidade de saber como as coisas teriam sido, mas acho que relacionamento antigo é uma coisa que não se revive. Dificilmente dá certo! É muito bonito em novela, mas quando você volta com um ex, você se lembra claramente e a todo segundo o porquê de vocês terem terminado
Tati Bernardi
“Eu queria pedir pra ele ficar, mas não o fiz. Lembrei que uma vez me disseram que quando alguém te ama de verdade, esse alguém fica. Fica do seu lado, na sua vida, fica com você. Fica sem que você tenha que pedir, implorar ou choramingar por isso. Quem te ama, acredito eu, não vai embora. Permanece.”
"Me perguntaram se eu sentia falta de alguém. Sem pensar respondi: em relação às pessoas não, só dos momentos que compartilhei com algumas delas. Às vezes dói um pouco, mas é apenas falta dos momentos, sei disso. Já as pessoas, saíram da minha vida por vontade própria, eu nunca tive a ousadia de expulsar ninguém dela.
O amor se esgota.
Eu descobri isso ontem, quando o ex namorado da minha irmã ligou pra ela. 3 meses, 3 meses esperando qualquer sinal dele. Qualquer ligação, qualquer aparição, qualquer sinal de fumaça. E ele nada, e ele desaparecido. Não digo totalmente desaparecido, entendam isso como: E ele desaparecido da vida dela. Minha irmã diariamente recebia notícias dele, e era sempre como: Ontem eu vi s

eu ex numa balada que eu fui, ele está melhor do que nunca. E minha irmã deveria pensar coisas do tipo: Como ele podia estar bem, quando eu estava tão mal? Eu via ela chorar o dia inteiro, eu ouvia ela reclamar pra mim, pras amigas, e pra quem mais quisesse ouvir o quanto ela sentia falta dele. Ela o amava como ninguém mais o amaria, e ela fez de tudo por ele. Isso durou até semana passada. Minha irmã havia finalmente saído do transe em que ela estava, ela havia finalmente… Acordado. Colocou um vestido apertado, um sapato alto e saiu. Lembro até dela ter me chamado para ir, e ela estava com um sorriso enorme no rosto. Minha irmã saiu com as amigas de segunda à sexta, aproveitou tudo aquilo que ela tinha perdido. E ontem ele finalmente ligou.
“Você estava bonita ontem.”
“Você me viu?”
“Sim. Parece estar feliz.”
“Sim, finalmente.”
“Fico feliz por você, estou com saudades.”
E então, ela me surpreendeu. Não respondeu nada. Não chorou, não resmungou, não fez pirraça, não surtou. Simplesmente desligou o telefone, se arrumou, e saiu novamente. Disse que se ele ligasse, que era pra dizer que ela não estava. E que nunca estaria.
A necessidade por uma pessoa se esgota. E o amor também. Não importa qual tamanho seja ele, não importa quão enorme ele seja. O amor simplesmente se esgo
ta.
“Você precisa ter, acima de qualquer coisa, auto-confiança. Perca a hora, perca os sapatos, perca o ônibus, mas não perca a esperança em si mesmo. Duvide da pessoa que caminha ao seu lado, mas confie em você. Não deixe que o seu cérebro te sabote ou que o seu coração te passe a perna. Talvez, ao longo do tempo, você deixe de acreditar no amor, no felizes para sempre e no papai noel. Se desiluda do
 mundo perfeito, mas não deixe que ele arranque a sua capacidade de criar um. Em primeiro lugar, seja mais você. Se olhe no espelho e ame aquilo que ele reflete. Aceite e admire os seus defeitos, eles o difere dos demais. Não perca a fé, não se abata, não desista da batalha tão fácil assim. O caminho é muito longo e possui muitas curvas, muitos altos e baixos pra você querer parar no meio dele. O sol nasce e morre todos os dias, portanto, esse não é o seu fim. Coloque a mão no fogo pela única pessoa que realmente vale a pena: você mesmo. Quando todos desacreditarem de você, acredite mesmo assim. Gaste a última gota de suor, o ultimo suspiro de esperança e o último fôlego que possuir, mas dê a volta por cima e mostre a todos que eles estavam enganados. O que você quer ter, você pode ter. O que você quer fazer, você pode fazer. Quem você quer ser, você pode ser. Basta querer e merecer.”
“Ela mal sabia qual era a cor do teto da própria casa que viveu durante anos, mas se lembrava do castanho dos olhos dele todo santo dia. Ela também não sabia o que iria comer hoje, mas não se esqueceu do sorvete que tomaram juntos no final do ano passado. Então ela liga no meio da semana, e ele não atende, se atende diz meia dúzia de verdades erradas enquanto ela só queria falar do resto que restou de si própria. Ela ainda se considerava importante a ponto de não ser deixada de lado, mas tudo isso não passava de uma mentira sincera, ela continuava acreditando para não se afogar em seus próprios erros. Ela não o amava por seus músculos, pois não se importava nem com quantas calorias tinha um miojo. Ela amava o humano escondido em baixo daquele telhado. Ela queria continuar naquela rotina segura de querer ter alguém pra alertar, escutar, e principalmente, a amar. O fim de tudo nunca foi missão cumprida pra ela, não era apenas uma pessoa assustada, entediada, desencontrada. Era pior, ela era uma pessoa arrependida, e sentia o preço de não ter agarrado sua chance de ser absurdamente feliz. Era uma paixão devagar, travada, sem pressa, mal justificada, cultivada com sorvetes, cinemas e almoços nos finais de semana. Mas não era o suficiente, ele precisava de algo que crescesse de pressa mas não explodisse e esfarelasse na realidade. Ela sabia que os olhos dele eram castanhos e nunca conseguiria esquecer, pois por trás daquela iris comum, se esconde toda a verdade, que por orgulho, jamais foi revelada. Ele sentia saudade diariamente e um frio que percorria seu corpo toda vez que o telefone tocava, então respirava, abria a voz e fechava a alma, se sentia morto toda vez que desligava o telefone, ia até o banheiro e olhava no fundo dos próprios olhos as verdades que nunca teve coragem de dizer.”

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Homens, não se iludam. Existem 3 tipos de mulheres: as loucas, as hipócritas e as espertas. As loucas geralmente são as mais sinceras e assumem se importar. Essas geralmente são chamadas de neuróticas por vocês, já que a maioria só sabe criticar quando esse tipo de mulher se preocupa e cuida do que tem. Já as hipócritas fingem não ligar, mas na primeira oportunidade que aparece são piores que as loucas. Essas costumam ressaltar que são ótimas namoradas, que não implicam com nada, NA SUA FRENTE. Agora deixa o facebook aberto na frente dela pra você ver. E também tem aquelas que não ligam pra nada. Essas sim, o sonho de todo homem. Não ligam, não cobram, não procuram saber quem é a fulaninha que curtiu sua foto, nem a outra que comentou que tal coisa combina com a cor do seu olho, mas no final... tcharan! Te metem um belo par de chifres. É.. Fiquem ligados rapazes, pelo menos na minha concepção, mais vale uma louca na mão, do que um bando de enfeite na testa.
Carolline Vieira

Tão distantes e tão próximos ao mesmo tempo. Quem vê, não percebe. Quem sabe, não entende. Algumas coisas simplesmente não têm explicação, e nós somos uma delas. Não tem cabimento, nem motivo. É desse jeito e ponto. Cansei de procurar por respostas, resolvi responder por mim. Irônico, mas foi uma escolha. Acho engraçado esse misto de sensações que a gente se provoca mesmo não fazendo mais parte da vida um do outro. Não me incomodo com esse desconforto que te causo com a minha presença, porque isso só me prova o quanto ainda mexo com você. Pode negar, sempre disse que podemos enganar a todos, menos a nós mesmos. Grande verdade. Não me preocupo com a opinião alheia, e nem com o que vão pensar sobre cada palavra ou atitude minha. Fizemos uma escolha. Decidimos viver separados, e por mais que o sentimento ainda exista é inegável que estou bem. Estou muito melhor do que antes. Descobri que gostar não é o suficiente pra duas pessoas ficarem juntas, um relacionamento vai muito além do sentimento. Tem que haver respeito, amizade, consideração. Tem que olhar pro resto pensando por dois, porque cada atitude que tomamos pode machucar. E não dói pouco. Se amar fosse o único caminho, não haveria tanta gente sozinha no mundo. Acho que a nossa diferença, é que eu tenho a consciência de que não vai ser fingindo que a pessoa não existe que ela vai deixar de existir. Não vai ser ignorando o fato dela estar ali que o coração vai esquecer. Adormecer o sentimento não é tão difícil, difícil mesmo é conseguir passar pra ele o que a cabeça nos diz que é o certo a ser feito. Acho que o jeito é aceitá-lo. É aceitar até não sobrar nada, senão as lembranças. Só aceitando o amor e deixando ele se esgotar da mesma maneira que chegou é que a gente se libera pra ser feliz de novo. É quando a gente resolve escutar aquela música, e ela passa a não ter mais o mesmo efeito. É quando o friozinho na barriga deixa de existir depois de se encontrar, mesmo que acidentalmente. É quando a presença da pessoa passa despercebida. É quando ela deixa de se tornar uma, para se tornar apenas mais uma.
Carolline Vieira
Nunca gostei de textos muito melosos, mas essa semana vi uma amiga passar por uma situação, e me deu vontade de escrever sobre isso. Se engana quem acredita que o amor acaba. O encanto pode acabar, a paixão pode diminuir, mas o amor quando é de verdade mesmo, não tem fim. Ele permanece independente do tempo e da distância. Ele te arranca uma lágrima junto a um sorriso no rosto, mas permanece prese
nte em todos os momentos. Posso falar com propriedade que sei o que é o amor. Me sinto privilegiada por isso, apesar das circunstâncias. Conheci o amor quando ainda era muito nova, e talvez por tanta ingenuidade, não soube aproveitá-lo o máximo que podia. Não me arrependo das minhas atitudes, mas também não posso questionar o destino e os rumos que deram a ele. Amei e fui muito amada, vivi momentos incríveis que levo na memória pro resto da vida. Me considero uma garota de sorte. Tive a oportunidade de conviver com a pessoa mais linda e pura que já conheci. Veio com uma missão importante, e que foi cumprida. Partiu, e me deixou a maior lição que podemos aprender: provou que o amor existe. Um dia assisti a um filme – Um amor para recordar – ainda com ele, e chorei feito criança. Nunca gostei de finais tristes, sempre me acostumei com os contos de fada onde tudo era perfeito e o amor não acabava. Mas descobri que longe de ser um conto de fadas, a vida te prega muitas peças, e nem sempre os finais são como os dos desenhos ou filmes românticos. Mas mais do que isso, descobri que nem sempre o amor acaba junto com o fim. Pra mim, ao contrário de todo resto, o amor é a única coisa que levamos além da vida. Ele vai muito além do corpo e da compreensão da mente humana, ele toca na alma. Ultrapassa qualquer entendimento ou razão. Você pode nunca mais ver e ouvir a pessoa, mas você sente a presença, o sentimento. E hoje, percebo que essa história de que amor verdadeiro só acontece na ficção não é verdade. É mentira quem diz que a morte acaba com tudo. A realidade é que quando se trata de um amor verdadeiro, a vida passa a ser apenas um detalhe.


Carolline Vieira
Eu tinha visto nele a calma que eu precisava em alguém. Eu não aguentava mais representar, me encher de álcool e festas fingindo que estava tudo bem, quando na verdade o que eu mais queria é ter um braço pra me apoiar. Ter um abraço que me faça parar o mundo, como há muito tempo não fazia. Não tava aguentando mais agir diferente do que eu queria, do que eu podia. Eu tinha visto nele, a oportunidade pra ser feliz de novo. Não me pergunte o por quê, essas coisas não tem explicação, a gente sente. Não foi o primeiro, nem o último que eu conheci de uns tempos pra cá. Mas foi o único que marcou de um jeito diferente. Não é o mais bonito, o com mais dinheiro, nem tem nada que chame tanta atenção. Acho que o que mais me atrai em meio a isso tudo é a tranquilidade que ele me passa. É uma calma ainda que intensa, é uma intensidade calma. Contraditório, e ao mesmo tempo muito coerente. Eu queria e ponto. E queria muito. Não era mais capricho, era certeza. Mesmo sabendo das dificuldades que existiriam, mesmo sabendo da distância, a verdade é que todo resto ficou muito pequeno comparado ao bem que ele me fazia. Ele era totalmente diferente de tudo que eu já conheci. O foco dele pras coisas, o jeito, a importância que ele dá pros pequenos gestos, o cuidado com a família, com o futuro. Nunca vi um cara tão certo do que queria. Ao mesmo tempo que eu ficava encantada, isso me assustou. Assustou de um jeito bom, me brilhou ainda mais os olhos e me tornou mais exigente comigo mesma. Ele era uma incógnita na minha cabeça. Sempre soube como agir, e dessa vez, me senti perdida, sem jeito. Não sabia o que falar, como procurar, sem ferir o espaço dele ou parecer que não me importo. Todo cuidado me parecia pouco. A minha vontade era de tocar lá na porta dele e falar pra gente não perder mais tempo. Era de deixar claro que o amanhã não me interessa, que a gente vive no presente. Que a cada mensagem que recebo ele arranca um sorriso do meu rosto. Que quando lembro dos nossos momentos juntos eu tenho vontade de parar no tempo. Eu queria olhar nos olhos dele e dizer o quanto ele era especial, mesmo sem que ele sequer imagine. E que a cada vez que nos falamos, meu coração bate mais forte, de um jeito que a distância entre Rio e São Paulo se torne tão curta quanto o caminho que eu faço todo dia entre meu trabalho e a faculdade. Não sabia o que falar, como falar, nem se deveria falar. Mas de alguma maneira, agradeço por poder sentir.



Carolline Vieira

“Amar é igual falar espanhol: a gente pensa que sabe, mas quando encontramos alguém que já aprendeu descobrimos que estávamos totalmente enganados.”
— Caio Augusto Leite.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

“Eu sei, todos nós desperdiçamos oportunidades, chances, pessoas, amores… Mas de alguma forma, quando eu te conheci, eu sabia que seria você. Talvez tenha demorado pra perceber, mas o fato foi que percebi e naquele momento eu tive a certeza de que não podia te perder. Eu temia que fosse amor. Mas, de repente me senti tomado por algo mais forte que eu e de alguma forma você teria que ser meu.”

— Tati B.
“Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventude, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor.”
— Clarissa Corrêa
Mas que mal tem? Eles são apenas amigos. 
Ele a liga. 
— Loira? 
— Oi moreno.
— Tá em casa? 
— Não, tô na festa. — Ela ri. 
— Porra, eu falei que ia pra sua casa hoje. 
— Eu sei idiota, eu tô em casa. 
— Cara, só te socando a cara. 
Ela ri. — Para de reclamar, tá aonde? 
— Saindo de casa. 
— Mano, vem logo. 
— Daqui duas horas tô ai, loira. Não sou teu vizinho, moro longe. 
Ela desliga sem dar tchau, para ela, duas horas eram pouco para se arrumar. Ela corre para o banho, mesmo sendo apenas seu amigo, ele mexia com ela. Ele liga para ela umas cinco vezes e ela não atende. Ele fica preocupado, continua a ligar e ela atende.
— Tá aonde?
— Você que me responde, tá aonde? Te liguei umas mil vezes, mano. 
— Tava no banho, idiota. 
— Já tô chegando, desce.
Ela desliga, desce e o espera. Como de costume, ele já trazia um filme, idiota por sinal, mas um filme que ela gostava. Ele preferia o de ação, mas levou o de romance. Mas tudo se encaixava quando ele lembrava da ideia de assistir com ela. Ele chega, a beija no rosto, a manda carregar sua mochila e pegam o elevador. Ele como já era de casa, liga a televisão, enquanto ela pegava os travesseiros e um único cobertor. Ele abre o armário da cozinha, pega a pipoca, coloca no microondas e vai até o banheiro pra se ver no espelho. Ela pega dois pares de meia, um de sapinho e outra de princesa e vai em direção á sala. Ele a encontra no caminho e a beija no pescoço.
— Me assustou. 
Ele sorri. — A pipoca já tá pronta. 
— Toma sua meia. 
— Vai querer suco? 
— Peguei cinco travesseiros, quer mais? 
— Não tem chocolate não?
— Embaixo das barrinhas de cereais. 
— Ótimo esconderijo. 
— Já te dei a meia?
— Já, loira. Cadê o pote de colocar pipoca?
Ela o olha. — Desde quando não sabe onde fica?
— Desde que a sua empregada muda de lugar as coisas. 
— Trouxe que filme? 
— Sei lá, peguei qualquer um. 
— Não sabe o nome? 
— Não, mas é de romance loira. 
Ela sorri. — Vem logo então, chatinho. 
Ele vai até a sala, deita ao lado dela no chão, se enrola no cobertor, a puxa para mais perto, aperta play e fica em silêncio. Eles ficam em silêncio por alguns minutos, o filme já havia começado. Ele a olha e sorri. 
— Que foi?
— Nada, loira. 
— Tava com saudade.
— Eu também.
— Agora quietinho, vai começar. 
— Mas já começou. 
— Fica quieto. 
Ele ri, fica em silêncio. Mais tarde, ela o olha. 
— Não tô conseguindo ver o filme. 
Ele sorri. — Viu? Por isso não me importo de escolher o filme, eu sei que não vou ver. Vem cá, loira. — Ele a puxa, a posiciona sentada em cima de suas pernas e a beija. 
— Mas e o filme? 
— Deixa pra depois, loira.
“Olha Zé, eu tentei. Não digas que não tentei. Eu liguei e ele não atendeu, eu mandei mensagens e ele não respondeu. Eu tentei de um tudo, mas falhei. Eu orei por ele, Zé. Eu sonhei também. Eu contei nos dedos para falar com ele. Eu me entreguei ao todo Zé. Mas ele não me ama. Ele quer outra, e eu com ciúmes o mandei ser feliz […] O problema Zé, é que ele foi mesmo. Hoje é feliz, porém longe de mim.”

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

“Foi amor, é amor e sempre vai ser, eu só queria te dizer isso. Sem essa de chá, café ou cafuné. Sempre foi amor e não importa que acabou. Acabou o relacionamento, não o sentimento. É que essas coisas acontece, lamentavelmente o para sempre, sempre acaba. E talvez sabendo que seríamos o tão esperado “e viveram felizes para sempre” dos contos de fadas, o destino passou uma rasteira em nós e em tudo que éramos. Talvez a vida teve medo que nós dessemos mais esperanças ainda a casais e crianças que como nós acreditávamos em eternidade. Daqui alguns anos, podemos nos encontrar em uma cafeteria, aquela nossa cafeteria preferida, que costumávamos ir nas sextas, pedir a mesma coisa e ficar relembrando das horas incontáveis que nos amamos e das infinitas gargalhadas que demos naquele sofá verde musgo que era da sua avó em um domingo de puro tédio. Também vamos rir das vezes em que de vez em sempre eu pisava no seu pé ao dançarmos algo que seria “dois pra lá e dois pra cá”. E também relembraríamos dos sonhos e esperanças que foram frustradas com um fim e também sorriríamos ao lembrar que fizemos algo que deu certo, como o brigadeiro que não queimou ou o nosso amor que foi sempre tão verdadeiro. Nós éramos o casal que qualquer um sentiria inveja, e talvez a vida também sentiu inveja, medo.. porque ela também nunca teve algo ou alguém que durasse uma eternidade. Talvez daqui a algum tempo, uns dez anos, quando você encontrar outra pessoa e estiver feliz, os nossos olhares se encontrem e haja o mesmo brilho intenso que sempre houve, nos lembrando que fomos feitos um pro outro, mesmo com todas as controvérsias do destino e os nossos sorrisos vão brotar, nossos lábios vão se chamar, as borboletas percorreram pelo corpo todo, fazendo com que as artérias trabalhem bombeando o sangue cada vez mais rápido pelo corpo, os pelos vão eriçar e o coração vai acelerar. E quando isso acontecer, eu quero lhe dizer que o que foi nosso nunca vai sair de moda. Sua voz, seu sorriso, jeito e toque nunca serão esquecidos e seu nome por mim nunca passará despercebido.”
E ficamos nessa de vai e não volta, nessa indecisão de uma certeza, na negação de uma vontade. Eu te amo e você me ama, mas o nosso amor não é o suficiente para nos unir. Precisamos de algo que ainda não temos, e talvez nunca venhamos a ter. Preciso ser minha antes de ser sua, e você precisa ser seu antes de ser meu. Mas você é da menina que mora na rua atrás da sua casa, e eu sou do cara que conheci em uma balada qualquer da vida. Somos tão diferentes, mas tão completos quando estamos um ao lado do outro. Poderíamos ser tão felizes, poderíamos ser tão amor… Mas simplesmente hoje somos apenas distantes. 
Tati Bernardi.
“Eu entendo que você não queria mais ficar. Entendo mesmo. Como você disse, um dias as rotas mudam, e os planos também. Um dia o sol brilha diferente, e se a gente não mudar com ele, ao invés de aquecer ele vai queimar. Eu só não queria. De todas as despedidas, e desapegos, e partidas, vai por mim, a sua vai ser a mais doída. Mas eu acostumo, fica tranquila. Eu mesmo me abraço quando estiver em um
 dia ruim. Isso não é novidade pra mim. Mas agora… Não me entenda grosseiro, mas acho que já deve partir. Se tem que ir vá logo, não fica tentando se explicar ou arrumar desculpas, porque isso só abre a ferida. Vai, e não olha pra trás. Aqui, ou ali, aonde eu estiver, eu vou saber que você fez o inverso de mim. Você fez o que a vida inteira eu não tive coragem de fazer; você foi ser feliz, ao invés de esperar a felicidade te encontrar.”
"Os filhos querem colo... sempre!
Na sexta feira, 12 de maio de 2011, uma amiga do meu filho pulou do 8º andar do prédio onde morava na Rua Emiliano Perneta. Era uma adolescente. Tinha acabado de almoçar, estava com o uniforme do Colégio Bom Jesus, e a mochila nas costas, o que indicava que iria para o colégio à tarde, pois nas quartas e sextas eles têm aula o dia todo. Foi um choque para todos os 
colegas! Aí vem a pergunta: Por quê? Ela tinha apenas 15 anos. Que problemas uma menina de 15 anos pode ter? Fiz esta pergunta ao meu filho, e a resposta me deixou chocada... Ele me disse: - Mãe, eu acho que era falta de colo. Questionei:- Como assim? E ele me disse: - Hoje em dia, os pais trabalham praticamente o dia todo, sempre com a mesma desculpa de que querem dar aos filhos tudo aquilo que nunca tiveram e, na maioria das vezes, eles estão conseguindo. Eles estão dando um estudo no melhor colégio, cursos de idiomas, dinheiro para gastar no shopping, um computador de última geração pro filho ficar enfiado em casa durante o pouco tempo livre que sobra, roupas, tênis, celular, tudo muito caro, etc... E sempre cobrando da gente boas notas, pois estão investindo muito... Na maioria das vezes, os pais não têm mais tempo para os filhos, não conversam mais, não fazem um carinho... Ele fez uma pausa. Eu estava boquiaberta com o que ele acabara de falar-me e meus pensamentos foram a mil. Mal comecei uma frase: - Meu filho, você tem razão. É isso mesmo... E ele me interrompeu dizendo: Mãe, quando a gente chega em casa, o que mais a gente quer é o colo da mãe. Quando vai mal nas provas ou quando acontece alguma coisa ruim, a gente quer colo. Por que você acha que hoje tantos jovens são quase revoltados? Na maioria das vezes, eles estão querendo chamar a atenção, ser notados... Só que no lugar errado e de forma errada: na rua e com violência. - Dei um grande abraço em meu filho, beijei-o com muito carinho. E lhe disse: Meu filho espero que a morte da Joana não tenha sido em vão, pois quem sabe desta forma muitos pais vão repensar suas atitudes para com seus filhos! Ele olhou-me carinhosamente e concluiu, antes de sair para a escola: Não somos máquinas, mãe. Não somos todos iguais. Não é porque o filho da vizinha tira só dez que todos nós vamos tirar 10. Talvez, nem todos nós queiramos falar inglês! Seus olhos cheios de lágrimas revelavam a dor que sentia pela morte da colega e, ao mesmo tempo, o quanto meu filho valorizava a nossa família. Já fora de casa, ele voltou correndo e me deu um forte abraço e me disse: - Mãe, obrigado por eu poder contar sempre com você nos maus momentos... E, obrigado, também, pelas broncas, pois sei que as mereço. Depois que ele virou a esquina, fechei suavemente a porta, pensativa e convencida de que o tempo e o amor são os melhores investimentos que podemos fazer pelos nossos filhos. O resto é conseqüência. Nada é mais importante que estes meios essenciais para a felicidade de nossos filhos. E, sem dúvida, só assim poderemos também ser felizes com a consciência tranqüila de ter cumprido bem a nossa missão de pais.
"

Vocês se conheceram do nada, ele foi te conquistando aos poucos, você foi se apaixonando e se acostumando a falar com ele todos os dias, contar da sua vida e dos seus problemas. Ele dizia o que você queria ouvir, te beijava como ninguém e te lembrava todo o tempo do quanto você é linda e do quanto ele tinha sorte de ter você. Você amava as cenas de ciúme dele, mesmo negando e ele sempre surgia nos assuntos das rodinhas de suas amigas. Você sorria boba quando ele te mandava mensagem e já até imaginava vocês juntos pra sempre. Mas aí ele foi diminuindo o contato, falando cada vez menos e cada vez mais surgiram recados de outras mulheres nas redes sociais dele. Você perguntava se algo tinha acontecido e ele dizia áspero que não, que estava tudo bem. Você se sentia impotente porque não entendia como a situação tinha se invertido assim e pedia a ajuda de suas amigas, que diziam em uníssono que ele não prestava, que ele ainda era um menino, não um homem. Mas você não se dava por vencida, ainda o procurava, ainda tentava manter o contato, até que….Até que não deu mais. Até que as suas reservas de força se esgotaram e você já não conseguia mais fingir que estava tudo bem. Então você decidiu que iria tirar ele da sua vida e tentou até. Mas não conseguiu. Não conseguiu porque ninguém no mundo se parecia com ele e isso era uma merda. Porque ninguém era ele e o que você precisava era dele. Hoje vocês nem se falam mais, só que você ainda lembra de vez em quando e pede baixinho pra que um dia tudo volte a ser como antes. Ele foi mais um que passou na sua vida, mas diferentemente de todos os outros que passaram, ele ficou.
Camilla Paixão
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
"Uma coisa é fato: o mundo dá voltas. E voltas largas, decisivas, que mudam tudo. Tal informação pode ser vista de duas maneiras: como um ponto de esperança ou um aviso de cuidado. Culpa de quem? Culpa do tempo! Dele e das nossas decisões, movidas pelo que nós somos.. E por um dedo grande e milagroso do tão citado "Cara lá de cima". Por destino ou não, uma hora as coisas mudam de lugar. Por isso O valor da persistência. Por isso a importância de se preservar aquilo que se é, de cuidar do que e de quem se tem; Num dia você tem, em outro você precisa. E é assim sempre! O que é pra ser, vai ser. Se o mundo dá voltas, agarre-se e dê as voltas junto com ele. Acompanhe o percurso, não se deixe cair. E mesmo se cair, não tem problema. Segure-se de novo, um dia você volta pro lado de cima... "

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós. A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer. Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver.
A vida é engraçada, não é? Exatamente quando você pensa que conseguiu resolver tudo, justo quando afinal começa a planejar alguma coisa, a ficar entusiasmado a respeito e se sentir como se soubesse a direção em que está indo, o caminho muda, os sinais mudam, o vento sopra para outro lado, o norte subitamente torna-se sul, o leste torna-se oeste e você está perdido. É tão fácil perder o rumo, perder a direção.
Com o tempo eu aprendi porque aquele amor não deu certo, porque aquela paixão passou rapido demais, com o tempo eu entendi porque Deus não me deu tudo aquilo que eu pedi, e porque eu tive que sofrer tanto por alguem. Com o tempo eu percebi porque certas pessoas sairam da minha vida tão rapido, porque certas pessoas se afastaram. Com o tempo eu entendi o porque de tanta dor, e porque tive que perder a unica coisa que amava. Com o tempo eu percebi porque alguem entrou na minha vida tão de repente, e porque nem tudo saiu como eu desejava. Com o tempo você entende quais os planos de Deus e agradece por as coisas terem dado errado, pois sem elas você não seria quem é hoje.
E, por algum momento, eu acreditei que nós pudéssemos dar certo. Eu acreditei em nós depois de uma briga que tivemos por uma coisinha tão boba, mas você voltou pra falar comigo, só pra me contar alguma coisa sobre o seu dia. E esquecíamos a briga e voltamos a nos falar como se nada tivesse acontecido. Eu acreditei em nós naquele dia que dissemos Adeus e, no outro dia eu fui atrás de você dizendo estar morrendo de saudade. Porque eu não aguentava ficar um dia sem falar contigo. Ficava faltando algo, faltava seu “boa noite, dorme bem”, faltava você me chamando de idiota e depois dizendo que me ama. Faltava uma metade de mim, faltava você. Por isso eu esquecia de tudo, ia atrás de você e pedia desculpas. Mesmo que a culpa não tenha sido minha. Eu acreditei em nós quando ficávamos fazendo planos. Escolhíamos o número de filhos que íamos ter e até os nomes. Dizíamos que íamos casar, com toda a convicção do mundo. Eu acreditei em nós quando ficávamos conversando o dia todo e, a madrugada também. Não tínhamos assuntos, mas nunca parávamos de falar. Você me irritava, e eu te irritava mais ainda. Você me colocava apelidos idiotas e eu te dava apelidos piores ainda. Eu gostava de estar com você e, você dizia que gostava de estar comigo também. Você dizia que me odiava e eu dizia que te odiava mais. E na hora de dormir, você dizia que me amava e eu dizia que amava mais, muito mais. É por isso que eu acreditava em nós. Eu acreditava que a gente se encaixava de certa forma. Mesmo sendo diferentes, a gente se entendia como ninguém. Brigávamos por coisas fúteis, mas não desgrudávamos nenhuma hora do dia. Por isso eu cheguei a pensar que daríamos certo. Eu acreditei em nós quando eu estava mal e você veio tentar me fazer sorrir. Mesmo sabendo que o motivo pra eu estar assim era você. Eu sabia que o meu motivo de sorrir, ás vezes, era o mesmo que me fazia chorar. Só que eu não ligava, eu esquecia de tudo isso quando estava com você. É por isso que eu ainda acreditei em nós, porque apesar de todas as nossas brigas, a vontade de estar junto era muito maior. Eu acreditei em nós quando deixamos o orgulho de lado e voltamos a nos falar. E acredite, o nosso orgulho era enorme. Mas o que sentíamos, era maior ainda. Eu acreditei que pudéssemos dar certo quando você se mostrou diferente da maioria das pessoas. Da maioria não, de todos. Eu acreditei que você pudesse ser diferente, só por ter esse teu jeito, só por cuidar de mim de um jeitinho que só você cuidava. Eu acreditei em nós, achando que iriamos ter um futuro juntos. E por incrível que pareça, eu ainda acredito em nós. Eu ainda te espero, mesmo sabendo que você foi e, dessa vez, não volta mais.
Nathalia V.