Você vai viver um um ano em que muita gente vai ter medo de seguir em frente. E muita gente vai exagerar na dose e se descobrir feliz assim. Aquele seu amigo piegas vai tomar um porre, a sua amiga devoradora de homens vai se apaixonar, você vai tirar uns dias pra meditas e descobrir que se parece mais com seus pais do que você julgou parecer. E nunca vai admitir isso, é claro. Afinal, toda a independência conquistada até agora depende única e exclusivamente de você. Você vai viver um ano extremista, onde o fim do mundo vai ser anunciado. E muita gente vai deixar cair as máscaras ou colocar novas que os agradem mais. Mas, antes que acabe o mundo, você vai descobrir que isso é tudo uma previsão. E previsões só se realizam a partir de alguma ação. Ação é com você mesmo, não é? Agir, pensar, repensar e ver que era melhor não ter feito. Ou, pelo contrário. Mas no fim de tudo (e, principalmente, no fim do mundo) é você quem vai ter dois mil e tantas razões pra fazer o que quiser.
Daniel Oliveira, Entre todas as coisas
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