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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

“Eu sei que você sente falta dele. Sei que você sente falta do jeito que ele te chamava, dos apelidos carinhosos destinados apenas a sua pessoa. Sei também que você sente falta das mãos dele, a propósito maiores que as suas, que insistiam em segurá-las em lugares públicos para dar a ideia de que “Ele é meu”. Sei que você sente falta dos casacos dele que te protegiam do frio, já que eram maiores que seu corpo. Sei que sente falta do cheiro dele também, e que já se pegou sentindo aquele perfume do nada, parece coisa de cinema, mas você já sentiu, admita. Sei que você sente falta da maneira como ele notava que estava mal, e da maneira que se importava até quando você dizia estar tudo bem. Sei que sente falta até de suas discussões, que mesmo nas piores, eram encerradas com um beijo vindo de ambas as partes. Sei que sente falta de ouvir a música de vocês, e sente porque é incapaz de ouvir de novo por não se sentir preparada para lembrar dele. Mas querendo ou não, você lembra dele não é? Você fica dispersa na sala de aula escrevendo o nome dele nas bordas das folhas dos seus cadernos, não é ? Eu sei que você pode viver sem ele, mas simplesmente não quer, não é? Você ainda o ama. Se não amasse, a voz, o jeito, o cheiro e o toque dele não passariam pela sua cabeça enquanto digo todas essas coisas, já que eu simplesmente não citei nome de ninguém […] ”

O ruim de ficar tanto tempo solteira é que você vê muitas coisas que não devia. Ou que todas deviam ver, não sei. E acredita cada vez menos em relacionamentos, lealdade, confiança. Tem vontade de ser solteira pra sempre, só pra não ter que passar por tudo aquilo que você já conhece de trás pra frente, ainda que ter alguém faça falta todo dia. Porque ter alguém também faz decepção, de sobra. E eunão tô afim. Vejo todos os dias os caras comprometidos, perdendo completamente a linha por aí. Colocando a namorada no bolso, sem o mínimo de respeito ou consideração, pegando amiga, prima, mãe e depois se declarando nas redes sociais. E me dá náuseas, definitivamente, não é isso que eu quero pra mim. Não tô generalizando. Tô lamentando o que eu mais vejo na minha vida. Lamentando a morte gradativa da minha esperança de amor e coisas bonitas. Esses dias minha amiga ficou, pela milésima vez, com um carinha que namora. Eles tem tipo um rolo, o cara é galinha profissional, mas ele no facebook é encantadoramente apaixonado, figura clássica. Mais tarde, eu tava ficando com um garoto qualquer e ele recebeu uma sms que dizia “Eu te amo demais, mesmo você não acreditando. Espero pelo dia que vamos ficar juntos pra valer.”, ele leu, fechou e me beijou, sem esboçar nenhuma reação. Me deu um alívio enorme de estar ali por estar. E eu não consigo parar de pensar na história por trás daquela mensagem. E em como aquela menina devia tá se sentindo naquele momento, no quanto ela devia ter relutado pra escrever aquilo e se rendeu, num gesto de esperança, mais uma tentativa de fazer dar certo, de felicidade a dois. No quanto ela podia ser ou já foi eu. E, principalmente, no meu medo, de um dia, voltar a ser a menina que envia a sms.

-Marcella Fernanda
E por um determinado momento eu pensei em largar de mão, desistir. Só que um segundo depois me fiz às seguintes perguntas: a gente desiste da gente? A gente desiste dos nossos sonhos assim tão fácil? A gente se preocupa tão pouco em resgatar o que nos faz bem? E eu larguei tudo o que me prendia de forma negativa nessa fase ruim e concentrei todas as minhas forças em recuperar o que a gente tinha. Tinha não, tem. E eu descobri. Desistir de você, era a mesma coisa que desistir de mim mesma. Como eu poderia deixar escapar de uma maneira tão estúpida a razão da minha felicidade? Enquanto milhares de pessoas estão à procura dela, eu com a sorte que tenho de ter encontrado, ia deixar escapar assim? E foi a partir dessa pergunta, que encontrei todas as respostas. E elas não poderiam ser melhores.

Tati Bernardi.
"Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais. Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então, melhor é ficar descalça. Deixar livre o coração, enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente cresce, o número muda e o coração aprende."
“Conheço pessoas que não têm ciúme. E admiro, admiro mesmo. Já ouvi falar que ciúme é sinal de insegurança, que ciúme é imaturidade, que ciúme é bobagem. Já ouvi dizer que ciúme é prova de amor. Olha, eu não sei definir o que é o ciúme, só sei dizer que a gente fica meio cega, meio burra, meio surda e fala muita besteira. E depois se arrepende. Acho que um pouquinho de ciúme é saudável.”
— Clarissa Corrêa.
“Vai devagar… Pensa duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias pra não fazer bobagem. Cuida do teu coração, cuidado com quem você deixa entrar. Espera o tempo passar. Acredita menos… As pessoas não são tão legais quanto aparentam ser. Quem acredita menos, sofre na mesma proporção. Até quando você achar que é verdade, desconfie um pouquinho. Faz bem não se entregar totalmente logo de cara. Se arrisca mais, por você. Tenha coragem para dizer tudo que tens aí guardado. Seja forte para conseguir se manter calada perante alguns. Muda de rumo. Quando te mandarem ir por lá, vai pelo outro caminho. Ou vai apenas, pelo caminho do teu coração. Se você não aguentar mais fingir… Chore. Depois que você acabar de chorar, vai sentir-se mais leve. E então vai levantar a cabeça, lavar o rosto, pôr uma roupa bonita no corpo, um sorriso escandalosamente lindo no rosto e dizer que chega, que você vai é ser feliz. Eu sei, é assim mesmo. E vai funcionar! Não diga “nunca”, nunca. Irônico, não? Mas não diga. Porque essa vida é incrivelmente engraçada. Mais uma coisa. Você não pode ter medo que as pessoas te machuquem, viu. Porque as pessoas vão te machucar de vez em quando, até mesmo aqueles que você mais confia e admira. Não vão fazer por mal, mas somente porque são humanos. Cometemos erros ridículos com pessoas maravilhosas. Faz parte. Não esquece que cada um é cada um. Somos diferentes. Graças a Deus, somos. Vive um dia por vez, sem pressa e sem querer ser mais rápida que o tempo. E por favor, vai ser feliz, que tu ainda tem muito por viver.”
— Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter dez pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir dez ao mesmo tempo. Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?

(Luís Fernando Veríssimo)
Tô aqui aprendendo que nem todos dão valor ao que você pode oferecer, e acabar demonstrando afeto demais começa a encher o saco, e eu digo tudo isso da minha parte. Chega de ligações, preocupações, sentimentos demonstrados aos extremos. Vouficar mais relax mesmo… não quer me ligar, não liga, mas também não ligarei. Não quer me ver, não me veja, mas também não sairei que nem doido atrás de você pra saber se a gente vai se ver, que horas é o nosso encontro, não mais.

(Caio Fernando Abreu)
A gente quase completou um ano de namoro, quase. Faltou um mês ou um pouquinho mais, não lembro. Mas hoje, sem mais nem menos, completamos um ano de separação. Ano passado essa hora, exatamente a essa hora, eu lembro bem. Eu estava no show do U2 que você não quis ir comigo e me ocupava em perguntar, de dez em dez segundos, e de dez em dez pessoas, quando é que você iria me ligar e dizer que tinha pensado melhor. Quando? Você nunca ligou, nunquinha. E eu esperei, esperei, esperei tanto tempo, nossa, como eu esperei. Acho que eu nunca esperei tanto nada em toda a minha vida. Outro dia a Myla me perguntou o que você tinha me ensinado. A gente estava conversando sobre os legados que as pessoas deixam em nossas vidas e ela quis saber qual tinha sido o seu. O coiso me ensinou a gostar de MPB e cinema europeu, o outro coiso me ensinou a gostar de sexo e restaurante caro. Teve o coisinho que me ensinou a ser engraçada e jogar frescobol. E você? Que raios me ensinou? Fiquei sem saber na hora, fiquei sem saber o que responder para a Myla. Mas hoje, no nosso aniversário de um ano separados, posso dizer que foi você quem me ensinou a lição mais importante da minha vida: você me ensinou a sofrer. Eu nunca, nunca, em vinte e sete anos de vida, tinha sofrido. Nunca. Claro, eu odiava ver meus pais quebrando o pau quando era criança, mas eu lembro que eu, pequenininha, pensava: um dia um príncipe vai me levar para longe dessa casa com gente louca que fuma demais, berra demais, desmaia e chuta vasos. Eu sofri também na escola, quando para alguém me enxergar eu tinha de promover bizarrices. Mas eu era muito nova para me separar das bizarrices e acabava também chamando a minha atenção: será que eu sou bizarra? Depois, em casa, quando eu dobrava direitinho o uniforme para o dia seguinte e me sentia um papel de parede bege que ninguém entende pra que serve, eu pensava: um dia um príncipe vai me levar pra longe dessa falta de vida, dessa falta de beleza, dessa falta de compreensão, dessa falta de cor, dessa falta de sei lá o que porque eu era novinha demais pra saber o que faltava. Esperar o raio do príncipe sempre disfarçou minha dor, sempre me refugiou dela. Mas quando você, no dia 20 de fevereiro de 2006, me mandou seguir meu caminho sozinha, fiquei sem saber como fugir da dor. Você era meu príncipe. Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe. E o meu príncipe estava me dando o fora. Que porra eu ia esperar da vida agora? Quem iria me levar para longe se você não me queria mais por perto? Não teve como. Foi a primeira vez na vida que não consegui me enrolar e acabei deixando a dor vencer. Pela primeira vez a realidade falou mais alto que a fantasia. Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera. Sofri pra caralho, como diz por aí quem sofre pra caralho. Mais do que livros cabeças, músicas bacanas, frases inteligentes, lugares descolados ou posições sexuais, você me ensinou o que realmente importa aprender nessa vida: que a vida pode ser uma grande, imensa e gigantesca merda. É, ela pode ser. E que não existe porra de príncipe porra nenhuma. Que nem ninguém e nem nada pode te levar para longe de nada. É isso e pronto. E é assim pra todo mundo. E pronto. Qual o drama? A dor infinita dos dias infinitos que vieram depois do dia em que você se foi pra sempre veio misturada com toda a dor que eu não senti em todos esses anos.A dor infinita dos dias infinitos que vieram depois do dia em que você se foi pra sempre veio misturada com toda a dor que eu não senti em todos esses anos. A dor do seu pé na bunda trouxe vasos jogados, bitucas eternas de cigarros em longas discussões pesadas, tardes perdidas em odiar o mundo, cabeças viradas, corredores frios, papéis de parede beges e grupinhos festivos e fechados. A nossa dor acabou sendo toda a dor que fazia fila em mim para ser sentida. E já que a porta pra realidade estava aberta, por que não sofrer também pelas criancinhas carentes, os países em guerra, a estupidez humana e a dor das juntas da minha mãe? Por que não sofrer pela condição das favelas, das prisões e da Terra? Por que não temer o aquecimento global, o ácido dos limpadores de vidro na Henrique Schaumann e as frases do Clodovil? A dor da sua partida trouxe toda a dor do mundo. De uma só vez. Mas agora já passa da meia noite. Não é mais nosso aniversário de fim e, pra te falar a verdade, eu já não sofro mais o nosso fim faz tempo. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Você chegou e me levou embora. Levou embora a menina que tinha medo de sentir a vida e esperava uma salvação para tudo. Quem sobrou é essa desconhecida que se conhece muito bem em suas bizarrices, lê jornais todos os dias, substituiu o bege pela cor do verão, tem uns pais gente boa ainda que malucos, adora os poucos e estranhos amigos, não espera mais pelo cavalo branco mas fica ansiosa pelo início da novela e talvez esteja pronta para amar de verdade. Amar um homem e não um príncipe.
Tati Bernardi

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A gente podia ter dado certo. Se não fosse meu medo de me machucar, seu medo de se prender, nossos tempos em desalinho. Se não fosse o mundo contra nós, meu orgulho, seu individualismo. Eu sempre pronta pra começar algo de verdade e você nunca sabendo o que quer. Você vivendo sua vida e tendo certeza de que eu estaria aqui te esperando, como de fato sempre estive. As coisas podiam ter sido diferentes se eu tivesse me imposto mais, não te acostumasse mal. Ou talvez a gente só tenha acontecido no tempo errado, tanto faz. Você não tá pronto e eu não posso te cobrar coisas que você não tem pra dar. Você quem quis assim, eu respeito e vou seguir em frente. Mas, por favor, me deixa ir! Se gosta mesmo de mim, me liberta. Agora não tem mais porta aberta, a gente precisa se desligar. Você não se acostuma com a ideia de me perder de vez, mas eu posso te garantir que a gente é capaz de se acostumar com qualquer dor ou absurdo.Você que me ensinou. Um dia você vai se arrepender, eu já conheço as voltas do mundo. Mas se a vida for realmente justa, eu vou estar numa bem melhor e você vai ser sempre passado, lembrança. Cansei de ficar parando meu tempo pra tentar ajustar com o seu. Agora vou parar você, pro meu tempo andar. E se a saudade é o preço a se pagar, tá feito. Saudade é pouco comparada a essa dor no peito. Vou deixar passar...
“Nenhuma relação é fácil e simples. É interessante, todo mundo quer alguém. Mas ninguém percebe que muito mais difícil do que conseguir esse alguém é manter o relacionamento sadio e forte. As pessoas se preocupam com o começo e com o final. Mas o meio, que é aquilo que a gente vive no dia a dia, fica esquecido, jogado em alguma caixa de papelão pegando pó e juntando mofo. É por isso que as coisas terminam. Quer saber? O meio é o que mais importa. É o que merece atenção, cuidado. Até o fim.”

Clarissa Corrêa.

“Era por isso que eu adorava ficar com você. Nós podíamos fazer coisas simples, como jogar estrelas-do-mar de volta na água, comer um hambúrguer e conversar, mas, mesmo naquela época, eu tinha noção da minha sorte. Porque você era o primeiro cara que não tentava me impressionar o tempo todo. Você se aceitava, mas, além disso, me aceitava do jeito que eu era. Então nada mais importava, nem a minha família nem a sua, nem qualquer outra pessoa no mundo. Bastávamos nós dois. - Ela se deteve. - Não sei se já cheguei a me sentir tão feliz quanto naquele dia, mas, pensando bem, era sempre assim quando estávamos juntos. Eu não queria que acabasse nunca.”
— Nicholas Sparks.

Relacionamento não é só prazer. Não é só festa, viagem, risada, diversão, brinde, sexo, beijo, cumplicidade. Relacionamento tem fase chata, de vez em quando tem briga, discussão, chatices, rotina, implicâncias, ciúme, bate boca. A gente tem que lidar, conviver e amar uma pessoa que veio de outra família, outro mundo, tem outra criação, outros costumes, outros pensamentos, outro jeito de viver. Você tem que aceitar aquela pessoa como ela é, e isso dá muito trabalho. O amor é lindo sim, e ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos e os medos do outros. É querer estar com a pessoa independente de qualquer coisa ou situação. Pelo simples fato de 'estar junto'.
Depoimento do namorado de uma vítima.

"Hoje poderia ser só mais um domingo normal para mim. Eu passaria o dia inteiro com a minha namorada ou na casa dela ou na minha assistindo um filme qualquer, mas isso não vai acontecer. Minha namorada é uma das pessoas mortas que foi encontrada na boate. Nós brigamos e ela preferiu ir pra lá com as amigas dela. Eu não me preocupei, sabia que ela me ligaria no dia seguinte e me diria que se arrependeu de ter saído sem mim, mas hoje o telefone tocou inúmeras vezes e não era ela. Ainda não caiu a ficha pra mim, ainda não entendi o que aconteceu. Parece que a qualquer minuto o meu telefone vai tocar e vai ser ela do outro lado da linha me dizendo "você ainda esta bravo comigo?" Enquanto eu escrevo esse texto o meu coração aperta, meus olhos se enchem de lágrimas e o medo do amanhã toma conta de mim. Como eu queria que eu estar ali com ela, ou então, que eu tivesse pedido para ela não ir. Eu a perdi pra sempre, e nem ao menos disse a ela o quanto eu a amo e o quanto minha vida fica deserta sem ela por perto. Hoje é um dia triste pra mim. Hoje é o dia em que eu perdi a parte mais importante de mim, o meu coração."

Hoje eu Morri na tragédia em Santa Maria, não eu não Morri Fisicamente não! Morri quando vi no noticiário um bombeiro chorar e foi retirado das atividades por não ter condições emocionais de continuar ali. Morri quando as pessoas fizeram piada da dor e do sofrimento das famílias. Morri porque os seguranças não deixaram as pessoas saírem por falta de pagamento da comanda. Morri por causa da negligência dos donos, sem querer culpar ninguém, mas se eu não falar isso nunca vai acabar. Morri quando um pai ficou na porta da boate por mau pressentimento, e quando viu o acontecido tentou entrar pra salva-la e foi impedido por que não tinha pagado a entrada. Morri quando mais um bombeiro falou que o telefone no bolso dos mortos não paravam de tocar e isso doía na alma dele. Morri por que 232 famílias serão mutiladas com a ausência dos filhos, irmãos, primos […] Morri por que ali eram 232 sonhos , 232 futuros pais , 232 futuros médicos ,eram 232 humanos. Morri quando uma namorada foi acordada pelo bip do celular no meio da noite e era uma mensagem dizendo : ‘’Estou morrendo , sei que não vou conseguir sair seja forte Te amo ‘’ Morri porque as pessoas são tão desumanas a ponto de pensarem mais no dinheiro do que nas vidas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

“Aí teve aquela cena também, De quando eu fui te dar tchau. E você olhou e me perguntou: “Não to esquecendo nada?” e eu quis gritar: “Tá, tá esquecendo de mim.” E você depois perguntou: “Não tem nada meu aí?” E eu quis gritar: “Tem, tem eu.”

Tati Bernardi
“A gente vai empurrando e deixando e remendando e engolindo e fingindo. Chega uma hora em que arrebenta a ferida: estoura, explode, sai pus, nojeiras e afins. É nesse momento que, ao invés de Band-Aid, pomada e beijinho, a gente precisa espremer mais um pouco e, quem sabe, enfiar o dedo fundo, forte, pesado e sentir a dor percorrer cada centímetro do corpo. É só após esse processo que tudo cicatriza – e a gente descobre até onde vai a própria força. E se supera (ainda bem). Depois, o tempo. É ele, querido e bandido, que vai mostrar o quanto o lugar onde estava a ferida vai latejar nos dias feios, carregados e chuvosos.”

Clarissa Corrêa.
“Percebi o quanto isso estava mexendo comigo à partir do momento que comecei a me encaixar em toda música que tocava no rádio, todas elas me lembravam você, bom ou ruim, você estava lá em cada uma delas.”

Tati Bernardi.
“Nenhuma relação é fácil e simples. É interessante, todo mundo quer alguém. Mas ninguém percebe que muito mais difícil do que conseguir esse alguém é manter o relacionamento sadio e forte. As pessoas se preocupam com o começo e com o final. Mas o meio, que é aquilo que a gente vive no dia a dia, fica esquecido, jogado em alguma caixa de papelão pegando pó e juntando mofo. É por isso que as coisas terminam. Quer saber? O meio é o que mais importa. É o que merece atenção, cuidado. Até o fim.”

Clarissa Corrêa.
Hoje eu descobri que você é mais do que eu supunha. Mais do que eu pensava. Que você é e sempre foi tudo que eu queria, quis e quero. Odeio essa frase, mas “o que tiver que ser, será”. E será mesmo. Mas eu preciso lhe dizer: não posso lhe prender, lhe amarrar, lhe soldar ao meu corpo. Você pode ir para lá, vir para cá. Eu posso ir para aí, ir para lá. Somos livres. E isso nos mantém ligados.”

Clarissa Corrêa.
“Isso não é amor, isso é vício. Se todo dia você toma um choque na tomada de casa, vai acabar achando que precisa disso pra viver. Mude seu foco!”

Tati Bernardi
“Fiquei triste o dia inteiro, aí você me procura, inevitável, acabei sorrindo ao ver você falando comigo. Droga, você também não me ajuda. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia.”
— Tati Bernardi.
Você dormiu com o celular embaixo do travesseiro. Porque até uma ligação dele bêbado, de madrugada, te querendo como última opção, pode ser melhor que esse silêncio.

Tati Bernardi.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Eu já sofri muito com os desamores. Me apaixonei por pessoas erradas, me perdi de mim, culpei pessoas por uma infelicidade que morava no meu peito. Que bobagem, o que é nosso é nosso, é maldade jogar nas costas do outro uma coisa que te pertence.
— Clarissa Corrêa.
Homem não sabe se despedir: ele desaparece, prefere não mais falar a explicar suas fraquezas. Lida mal com o sofrimento. Decide sumir a ser rejeitado. Resmunga, não chora. Muda de assunto, não chora. Você nunca vê seu pai em prantos porque ele engole as lágrimas. Você nunca enxerga seu marido se emocionando porque ele vai para outra sala controlar a respiração.
— Fabrício Carpinejar

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Uns acham feio eu estar aqui falando a verdade de querer um alguém, mas ninguém sabe o quanto me sinto só as vezes. Sou feliz, me amo e disso eu não tenho dúvidas, mas o problema é que falta algo, sempre falta alguma coisa e na minha carência na hora de ir dormir com a cama vazia, vem a certeza de ser alguém que falta. Queria alguém que estivesse me esperando chegar, alguém para me acordar de manhã com aquele bom dia mesmo por mensagem no celular. Queria alguém que visse dois velhinhos juntos e pensasse em mim na mesma hora e me ligasse dizendo, poderia até me ligar de madrugada que eu iria acordar e atender feliz, o difícil seria encontrar dois velhinhos juntos de madrugada né? Eu queria alguém para me trazer um chocolate e acho que nem iria comer, deixaria no quarto porque sempre iria ver e lembrar de você. Isso não é exagero, quem deseja alguém é assim, os mínimos detalhes fazem tanta falta quando não se tem alguém. Queria alguém para eu segurar a mão e poder ir sem medo, queria ter alguém que me passasse a certeza de que juntos podemos tudo, eu queria alguém que me olhasse e me fizesse sentir que valeu a pena esperar todo esse tempo. Queria alguém que me fizesse ver que valeu a pena também sofrer no passado deixando ir embora quem eu nunca me imaginei sem. Eu preciso de alguém agora que mude tudo, não que salve o meu instante, e sim que salve a minha vida inteira. Eu vivo por mim, 50% eu produzo, penso e realizo, mas falta 50% e isso sempre falta. Eu preciso de alguém para me incentivar mais, que diga o que eu precisar ouvir na hora certa e que brigue quando eu merecer. Queria alguém que secasse minhas lágrimas ou que não deixassem elas rolarem. Eu queria alguém, eu quero alguém e espero alguém...

(Ernesto Galvão Neto)
“Não é o fim do mundo. Você não morreu. Muito provavelmente ele não irá morrer também. Você não está despedaçada como diz estar. Copos de vidro se despedaçam. CDs, celulares, óculos, computadores, aviões e carros, também, são destruídos. Mas você não. Pelo menos, não fisicamente. Pelo menos, não no sentido real. E a vida é real, né? Tem uns pingos de fantasia causados por sessões de comédias românticas e livros do Nicholas Sparks, mas a vida é real.
Você tem a unha a fazer. Tem o cabelo a cortar. Tem aquele vestido novo que saiu no catálogo da tua loja predileta para comprar. Tem a casa para arrumar. Tem tuas amigas para te ouvir chorar e berrar um pouco - ou muito. E tem uns tantos outros amigos para te elogiarem quando você precisar de alguém falando que seus olhos castanhos são tão bonitos quando você não está com a maquiagem borrada por causa de lágrimas desnecessárias. Então, pra quê chorar?
Há muitas garrafas de vodca, também, caso queira dar uns goles na loucura. Tua cabeça irá doer depois. Mas é ressaca. É uma resposta física do teu corpo sobre a quantidade de álcool que você ingeriu na noite anterior. Fique tranquila. Essa enxaqueca não é remorso, nem nada emocional. Chore, vomite e beba bastante água que você irá melhorar. Ou tome mais álcool que dizem funcionar também. A escolha é tua.
A tua vida não se resumia a ele. Eu te juro de pé junto, isso. Você pode até se sentir incompleta, mas está aí, disposta, viva e respirando. Com algumas olheiras e umas ideias loucas a mais, mas está bem. O tempo cura tudo que o tempo pode curar. Daqui a pouco, ele vai ser só mais um rapaz com mãos bonitas e um cheiro gostoso que passou por tua vida. Você vai ver. Enquanto você chora por um cara, há mil outros caras esperando, apenas, uma chance para te fazer sorrir.
Não sou nenhum aspirante a psicólogo-sei-tudo-sobre-as-pessoas. Acho Freud um saco e Jung um louco. Mas sobre o amor e teus sintomas, parece que eu já nasci com diploma e mestrado. Já amei demais quem nem gostou do meu cabelo bagunçado. Já amei de menos quem já sonhou comigo durante noites eternas de inverno. Já chorei como uma criança órfã e perdi dias de sol e noites estreladas. Mas não me destruí. Destruí porta-retratos, pratos, cartas e até aquele conjunto de tulipas do meu time predileto que ganhei no Natal. Mas meu coração ficou intacto. O teu também ficará.
Logo, logo, aparecerá outro cara que gosta tanto de adoçante como você. Outro que também não consegue ficar uma noite inteira sem resolver alguma briga qualquer. Outro que te dará a mão e o mundo inteiro ao redor será anulado. Outro cara com cabelo bom para acarinhar e com olhos infantis. Outro com um sorriso talhado e com gosto musical estranho. Você vai ver. Vai senti-lo. Vai respirá-lo. E vai amá-lo como se fosse a primeira e a última vez. Porque o coração é uma casa forte e espaçosa e sabe, vez em quando, renovar seus moradores."
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(Hugo Rodrigues)
“Eu não podia esperar por você pra sempre, né? Eu vou me casar. Ele é bom e me ama de um jeito doce e sincero. Talvez, me ame até mais do que você. Ele conta fatos engraçados e me faz rir. Tudo bem que você sabia me fazer rir mesmo sem dizer nada. Mas ele se esforça para ver a minha felicidade. Ele é fiel e sempre deixa claro que nunca irá me trair. Eu odiava a insegurança que sentia quando você não estava ao meu lado.
Ele não tem medo de gatos como você. E até propôs que comprássemos um em nossa nova casa. Sim, a gente mora junto. Ele tem um bom emprego e agora eu trabalho também. Estou naquele hospital que sempre te falei, mas você nunca lembrava qual. Parecia que não prestava atenção nas coisas sobre a minha faculdade. Ele não conhece metade das músicas que a gente cantava juntos. E isso é bom, porque em nenhum silêncio de domingo, ele cantarola algo que me faça lembrar de você.
Mas devo assumir que ainda sinto a tua falta. Principalmente nos dias frios. Ou nos dias de sol. Ou nos dias de nada. Quando eu saio com ele e ficamos até o fim dos eventos, lembro de como eu e você não conseguíamos ficar tanto tempo em meio ao público. A gente sempre dava um jeito de voltar correndo para o nosso pequeno sofá-cama. Lembra?
Passaram alguns anos e soube que você se apaixonou por algumas meninas pelo caminho. Eu estou ficando velha e preciso criar a minha família. Preciso continuar os meus próprios sonhos – aqueles que nem lembrava ter antes de você chegar e tornar tudo “nosso”. Eu não podia esperar por você pra sempre, droga. Mas eu tentei. Eu quis telefonemas após eu desligar o telefone. Eu quis visitas após bater a porta na tua cara. Eu quis palavras doces após xingamentos desnecessários. Eu quis você em tantos caras com cabelo bagunçado que até perdi a noção dos meus próprios gostos."

(Hugo Rodrigues)
EIII CARA, Já parou pra pensar na tua namorada? Já parou pra pensar em quantos moleques são loucos por ela? Em quantos ficam encantados com aquele sorriso que só ela tem? São tantos, mas ela encontrou você. Não que ela não tenha encontrado outros antes, mas ela escolheu você. É, logo você, que não é príncipe. Mas que ela insiste em te chamar assim de qualquer jeito. Você, que ela ama assim, exatamente do jeito que você é imperfeito. E ai eu te pergunto: Tem dado valor? Pode ter certeza que muitos invejam o lugar que você tem no coração dela, e no seu primeiro vacilo vão fazer de tudo para conquistá-lo. E aí meu amigo, vai esperar ver ela nos braços de outro? Vai esperar vê-la sorrindo pelas piadas de outro? Dormindo e fazendo cafuné em outro? Doeu só de pensar né? Agora imagina se acontece. Vai doer o triplo, Por isso que eu digo, dê valor enquanto tem moleque. Sério mesmo, faz de tudo por ela. As meninas em grande maioria são muito frágeis. Mas tem um problema.. Elas sempre vão se fazer de durona. Não acredite! Nunca faça ela chorar, mas se isso acontecer..faça de tudo pra alegra-lá. Nem que pra isso você precise sair gritando pela rua o quanto ela é linda. Deixe-a te chamar de idiota, isso é bom, mostra que ela gosta de você; Se ela assume pra você que tá mal, ela precisa de você. Vá até a casa dela de surpresa e leve flores e chocolates. Ou não leva nada, mas vai...
Mulher é sempre bipolar, tenha paciência com ela cara, ainda mais nas suas crises de TPM. É foda, eu sei.. mas se tu não aguenta o pior dela como vai merecer o melhor?
É basicamente isso. Aguente o pior que você vai ter sempre o melhor dela. Dê valor. E eu não falo isso em tom clichê, é que a dor de ver a menina que você ama nos braços de outro e saber que a culpa foi sua por não tê-la feito tão bem, dói demais. E por isso eu digo: DÊ VALOR MULEKE. Seu coração vai partir quando ver que outro está fazendo o bem que você deveria ter feito e não fez. Dê valor enquanto você a tem!!!

(Lucas Kulka)
Antes eu achava que todo mundo era meu amigo. Um dia, depois de muito sentir um gosto amargo e horrível na boca, descobri que muita gente queria me ferrar. Sim, as pessoas querem (e vão, me desculpa, mas vão) te ferrar. Tem amigo que não suporta te ver feliz. Tem conhecido que não aguenta ver o teu sucesso. Tem amigo que não gosta de ver que o teu relacionamento está dando certo. Tem parente que sente um ciúme trouxa. Tem gente que não sabe o que é gostar. Tem gente que não respeita nada. Acredito no seguinte: os olhos das pessoas que gostam de você sempre vão brilhar quando alguma coisa boa te acontece. Se eles não brilharem, meu amigo, há algo errado no paraíso.

(Clarissa Corrêa)
Um dia vai dar certo, ah vai. Mas antes disso vai dar tudo errado. Tudo. Você vai se decepcionar com as pessoas que mais gosta. Vai tirar notas ruins mesmo tendo passado a noite estudando. Vai brigar com a sua mãe. Vai cortar o cabelo e achar que ficou horrível. Vai ver a namorada com o seu melhor amigo. Vai perder pessoas que ama. Vai cair de cara no chão. De novo. E de novo. E quando você não tiver mais forças pra se levantar, vai aparecer alguém pra dar a mão e te levantar. É ela. Deu certo.

(Tati Bernardi)
Tenho vontade de te chamar de idiota. Porque é isso que você é. Tá me perdendo e não percebeu ainda. Tá esperando legenda? Eu choro, respiro, tenho medo, mas isso não faz a mínima diferença pra você. Mas eu insisto em nós e vim aqui te pedir cuidado. Não me deixa ir embora, isso é quase uma súplica. Cuida do pouco que restou de nós pra ver se ainda vai restar alguma coisa pra contar pros nossos filhos - se eles existirem, claro - Mas não deixe eu sair por aquela porta. Mesmo que seja de mãos vazias. Eu não voltaria pra buscar nada. Porque na verdade, não ficaria nada para trás. Nem roupas, nem jóias. Nem amor. Nem lembranças. E isso vai doer que eu sei. É, eu só lamento, sabe. Lamento ter visto muita coisa numa pessoa que não viu nada em mim.

(Tati Bernardi)

Sabe aquele sonho que você teve um dia de um futuro infinito com a pessoa que você ama. Da casa que obterão, com os filhos bajulando vocês. Das viagens que planejavam fazer. E de repente, por um simples erro, um pequeno espaço que parecia enorme, por aquela discussão boba que parecia ter solução no dia seguinte quando vocês já estavam mais calmos. Sem perceber, o sonho se acaba, um sempre acaba dando um passo pra frente e deixando o passado para trás, pelo menos um pouco dele. Então, você perde o chão, o medo aparece dentro dessa pessoa valente que você pensava que era, e o seu estômago parece dar infinitas voltas dentro de você, causando um inconforto nunca antes sentido, fazendo sua coragem voltar, e seu inesperado orgulho sumi e ir atrás da pessoa que sempre te confortava, você fez de tudo pra trazer ela de volta, pelo menos te pareceu suficiente, mas não o bastante para juntar os pedaços e retomarem seu caminho juntos, e foi então que seu coração foi partido, você fica arrasado, procurando um só motivo entre tantos que houveram, e conforme você pensa, o tempo passa, e junto cria-se um distanciamento irreconhecível, para os dois, e sem saber a saída você espera o tempo resolver tudo, só esperando algo mudar, mais nada muda, além dos dias que se acabam toda hora que você olha no relógio, já é meia noite, e mais um dia já foi. Mas amanhã é um outro e novo dia, tudo parece acontecer, mesmo sabendo que se nenhuma mudança ocorrer, um outro dia quem sabe algo vai acontecer, e é alimentando essa esperança por dias, que dos dois lados da história vocês vão se tornando completamente estranhos. A sua barba começa a crescer, e ela fica mais linda a cada dia que passa. Você começa a procurar novos hábitos, e ela sempre procurando sempre uma distração. Cada um sai pro seu lado, vivendo suas respectivas vidas, conhecendo novas pessoas, até que um dia você descobre que a tal pessoa que você queria ter um futuro junto, que era o amor da sua vida, acabou nesse tempo conhecendo outra pessoa. É então que o seu coração se parte de novo, o estômago se embrulha, a raiva se acumula, o sangue ferve, as esperanças se acabam, e você percebe que saudade demais atrapalha, enquanto foi só saudade era tempo. Mas saudade demais não trás ninguém de volta, apenas significa um espaço entre pessoas que se amam e acham que nada mais tem solução, a não ser porque você parecia bem sem ela, se divertia mais, saia mais, ria mais, vivia mais. E no meio de toda essa competição, um levou medalha de bronze e o outro de prata. Porque mesmo estando com uma outra pessoa, dando grandes passos à frente, seu maior inimigo sempre vai ser a memória, aquela na qual não se apaga nem depois do décima dose de vodka, e nem depois de acordar pela primeira vez sem pensar nela ao levantar da cama. Você vai compreender que mesmo daqui a cinquenta anos, alguém vai falar o nome dela, e você ainda vai saber quem é. O amor é que nem um elástico o primeiro a soltar, sempre machuca o outro. Mesmo que essa pessoa faça parte do seu passado, de alguma maneira você sempre vai sentir falta dela. Agora aprenda a conviver com isso, ninguém morre de amor, levanta o corpo da cama, enterra a preguiça, esquece a solidão, vai viver a vida, dias melhores estão por vir, e você ainda precisa conseguir sua medalha de ouro.”
— E aí você já encontrou sua medalha de ouro?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Não eram um casal perfeito, daqueles de cinema. Brigavam muito, ficavam um tempo sem se falar e nesse intervalo ainda rolava uma guerra de indiretas, cada um querendo ser o dono da verdade. Mas no fundo eles sabiam que tudo era joguinho bobo de orgulho, e que por trás das caras fechadas e bicos não se aguentavam de saudade. Tudo bem se eles passavam uma imagem de cão e gato, mas uma coisa é certa… Eles se amavam mais do que qualquer coisa.

Somos obrigados a nos ver todos os dias. É engraçado. Por mais que o tempo tenha passado, as coisas tenham tomado outro rumo, o sorriso de canto de boca e a vontade de estar perto, não mudam. Relutei pra não escrever mais nenhuma linha sobre você aqui, porque sempre prezei o respeito e sei que criaria problemas. Mas não vou enganar, não é fácil. Não é nem um pouco fácil ter que te encarar durante grande parte do meu dia, e não poder ser eu mesma. Às vezes te pego me olhando do nada, meio sem jeito, e penso em como era tudo há poucos meses atrás. Sempre tive a segurança e liberdade de agir como achava que devia, mas com você eu fico sem jeito. Não sei por que não sai da minha cabeça a ideia de que não parou ali. Talvez pela maneira como tenha sido interrompido, talvez pelo bem que a gente se proporcionava, tão sem compromisso e ainda assim tão ligados um no outro. Acho que foram os momentos mais intensos que passei na vida. É irônico, como tudo que a gente faz ou fala. Uma daquelas histórias que vou poder contar pros meus netos e dar um sorriso lembrando o quanto era especial. Você me tirou do abismo na hora em que eu mais precisei de alguém pra segurar minha mão. E segurou firme. Segurou de um jeito que me prende até hoje, e que talvez por isso, eu não consiga ficar tão próxima do jeito que gostaria. É fato que não podemos ficar muito perto um do outro, e acho que a gente tem uma boa noção do perigo. Ao mesmo tempo em que essa distância me incomoda, me alivia de certa forma. Embora não pareça, sempre prezei seu carinho de um jeito diferente. Lembro das vezes que ouvi você dizer que eu me achava muita coisa pra você, pelo simples fato de eu não dar confiança e aceitar suas decisões de primeira. Se você soubesse o quanto me despedaçava por dentro, não abriria a boca. Se você tivesse um pouquinho de noção do quanto me encantou, de uma forma que tenha me feito abrir mão de tudo pra ficar com você, como nenhum outro conseguiu, entenderia minhas reações. Talvez seja esse o motivo da distância. Quando algo é importante demais pra gente, às vezes é melhor deixar lá quietinho, sem nenhum arranhão, pra não dar a chance de ninguém estragar. Hoje você me disse assim “pelo menos você aprendeu alguma coisa comigo”. E é verdade, aprendi sim. Mas mais do que todas as lições que você me ensinou, a principal foi essa: querer ver quem a gente gosta feliz, independente de como ou com quem quer que seja. E quer saber, ganhar seus sorrisos sinceros todos os dias já me é suficiente.
Carolline Vieira
(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...
Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."
Tati Bernardi
E a gente aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
— William Shakespeare
Certos namorados brigam dia sim, dia não. Na sexta se amam, no sábado se odeiam, no domingo fazem as pazes, na segunda prometem nunca mais se ver. São amores movidos à adrenalina, que rendem bons versos e letras de música. Muito destes casais conseguem chegar ao altar e continuam entre tapas e beijos até as bodas de ouro. Brigam e voltam tantas, mas tantas vezes, que na verdade nunca chegam a se separar. Deixe que digam, que pensem, que falem. O amor é lindo.
— Martha Medeiros
Nem todos os dias serão de paz, e nem todas as bocas darão beijos. Nem toda mão dará carinho e nem todo coração será pleno de amor. Sei que a vida tem seu lado negro - mas é pela paz que existe no outro lado dela que eu continuo vivendo.
— Caio Augusto Leite
Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
— Fabrício Carpinejar.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O ruim de ficar tanto tempo solteira é que você vê muitas coisas que não devia. Ou que todas deviam ver, não sei. E acredita cada vez menos em relacionamentos, lealdade, confiança. Tem vontade de ser solteira pra sempre, só pra não ter que passar por tudo aquilo que você já conhece de trás pra frente, ainda que ter alguém faça falta todo dia. Porque ter alguém também faz decepção, de sobra. E eu não tô afim. Vejo todos os dias os caras comprometidos, perdendo completamente a linha por aí. Colocando a namorada no bolso, sem o mínimo de respeito ou consideração, pegando amiga, prima, mãe e depois se declarando nas redes sociais. E me dá náuseas, definitivamente, não é isso que eu quero pra mim. Não tô generalizando. Tô lamentando o que eu mais vejo na minha vida. Lamentando a morte gradativa da minha esperança de amor e coisas bonitas. Esses dias minha amiga ficou, pela milésima vez, com um carinha que namora. Eles tem tipo um rolo, o cara é galinha profissional, mas ele no facebook é encantadoramente apaixonado, figura clássica. Mais tarde, eu tava ficando com um garoto qualquer e ele recebeu uma sms que dizia "Eu te amo demais, mesmo você não acreditando. Espero pelo dia que vamos ficar juntos pra valer.", ele leu, fechou e me beijou, sem esboçar nenhuma reação. Me deu um alívio enorme de estar ali por estar. E eu não consigo parar de pensar na história por trás daquela mensagem. E em como aquela menina devia tá se sentindo naquele momento, no quanto ela devia ter relutado pra escrever aquilo e se rendeu, num gesto de esperança, mais uma tentativa de fazer dar certo, de felicidade a dois. No quanto ela podia ser ou já foi eu. E, principalmente, no meu medo, de um dia, voltar a ser a menina que envia a sms.
 Marcela Fernanda
“Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro…” Tati Bernardi

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Assim você me complica, né? Não faz assim. Não chega de mansinho com esse jeito que só você tem, que consegue me tirar do sério apenas com um sorriso. Não vem dizer tudo o que eu quero ouvir de alguém na hora que eu mais preciso, não tô acostumada com isso. Não me mima que eu vou acabar me acostumando e depois não vou saber como agir sem você por perto. Não me abraça dessa forma, que se você resolver ir embora não sei como vou preencher ou ocupar esse lugar tão especial que você criou nesse tempo e eu nem sabia que existia. Não me aperta desse jeito, me fazendo me sentir a mulher mais desejada do mundo. Não me acorda com tantos abraços e beijos, que só de pensar neles me arrepio dos pés a cabeça. Não se aproveita dessa risada gostosa, que me faz feliz só de fazer parte da minha manhã, pra fazer o que quiser de mim. Não faz mais do que você já fez, porque se melhorar eu juro que estraga. Só fica assim, paradinho. Na minha. Continua aqui, sem mudar nem um milímetro. Só continua existindo... E deixa o resto comigo.

Carolline Vieira
“Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas. Mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda.”
-
Edson Marques

Me incomoda essa mania que nós mulheres temos de sempre querer insistir naquilo que já sabemos que não
dá certo. Quem explica a nossa vontade
de sempre voltar para o famoso ''ex
namorado'' e tentar consertar todos 
erros do passado? Nem Freud conseguiu 
isso! Mas quer saber? Isso é medo, é 
sim. Medo de ficar sozinha, medo de sair 
à procura, medo de que o próximo seja 
pior ainda. Terminar relacionamentos nunca é fácil,
sei bem disso. Mas vamos pensar juntas
ok? Se ele terminou com você, terminou
por algum motivo. Seja porque não gosta
mais, porque está afim de outra, porque
o namoro não é mais o mesmo, porque ele
virou gay, etc. Quando você quiser voltar
com seu ex namorado, pare e pense: "Por
que eu vou voltar com alguém que um
dia já disse que não gosta de mim como
antes?" "Por que eu vou voltar com
alguém que me largou pra ficar com
outra?" "Por que eu vou voltar com
alguém que terminou comigo para curtir
a vida de solteiro?". Porque é isso
meninas! Quem termina sempre tem um
motivo, e é esse motivo que deve te
motivar a nunca mais querer essa
pessoa. É questão de amor próprio, de se
valorizar. Conheço um casal que ilustra
bem o que estou dizendo: o cara termina
com a garota pra ficar solteiro, curte
um mês e pede pra voltar. E sabem o
que ela faz? Volta. Isso é falta de
respeito consigo mesma, fala sério!
"Ah mas e se eu tiver terminado e me
arrepender depois? Posso voltar né?"
Poder você pode. Mas cá pra nós, você
terminou por um bom motivo. Por algo
que te incomodava e estava ficando
insuportável de aturar. Dica? Não é
porque a pessoa ficou um tempo
afastada que quer dizer que ela mudou
da água pro vinho. O cara canalha vai
continuar sendo um canalha, o indeciso
vai continuar sendo indeciso e aquele que
te traiu vai continuar te traindo. O
passado é passado por um bom motivo.
Sei que é muito mais fácil apertar a
discagem rápida do seu celular do que
sair para conhecer novas pessoas. Sei
que é muito mais seguro estar com
alguém que você já conhece todos os
defeitos do que estar com alguém
totalmente desconhecido. Mas por que ir
pelo caminho mais fácil e mais seguro?
Não devemos ter medo de cair de cara
no chão! Nós mulheres temos que
superar esse medo de conhecer novas
pessoas, de ter novas experiências e
sentir novos perfumes. Não há sensação
melhor do que a de se livrar de um
babaca que nos fez sofrer! Sair com as
amigas, se divertir, assistir um filme e
um dia sem querer topar com um cara
incrível na rua e ficar pensando nele
durante horas. A vida é assim, gosta de
surpreender. Mas ela só vai te
surpreender se você der essa chance a
ela. Ficar insistindo em ex namorado não
vai te levar a lugar nenhum, ou melhor,
vai te levar a todos os lugares que você
já está cansada de ir. Você vai se
arrepender de ter acreditado de novo, e
de novo, e de novo.
Ex namorado é como ler um livro pela
segunda vez, a história não muda por
mais que você queira que mude.