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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Faltando vinte minutos para a meia noite, ela abriu uma gaveta de sua comôda. Tirou de lá cartas, fotografias, entre outros artefatos. Por último, retirou uma pequena caixa, na qual estava escrito “caixa da esperança”. Ela abriu a caixinha e de dentro retirou um pedaço de papel amassado. Nele estava escrito “A esperança é a última que morre”. Pegou um isqueiro, e começou a queimá-lo. Junto, pôs fogo nas fotos que tinha tirado sem ele saber, as cartas que ela escreveu que nunca tinham sido entregues. E por último, desenhou um coração, abriu a janela e soltou seu desenho ao vento. Olhou para o espelho, cortou seus cabelos na altura do ombro, tirou toda sua maquiagem e em seguida, quebrou o espelho. Jogou ao vento também as cinzas de tudo que havia sido queimado essa noite. Em seguida, jurou para si mesma que nunca mais amaria um idiota que fizera ela ser alguém que não queria, jurou que nunca mais se permitiria amar alguém desse jeito. Se fez de forte, falou para si mesma que ele não importava mais, porém no fundo, ela sabia, que nunca mais se sentiria desse jeito por ninguém. Nunca mais seria feliz do jeito que era quando achava que ele ligava para ela. Mas, pelo menos, seria menos magoada. Afinal, corações partidos geram corações gelados.

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