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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Outro dia ouvi uma amiga reclamar sobre os problemas do relacionamento dela. Os ataques de ciúme por coisas bobas, que presente dar de Natal, que roupa usar na festa de família, e por aí vai. De primeira pensei “nossa, que chato, já tinha me esquecido como é se preocupar com esse tipo de coisa.” Conforme as horas foram passando e fomos conversando sobre o assunto, fui notando que conforme ela contava os motivos para o incômodo, eu sempre conseguia rebater de forma que ela se sentisse feliz e com sorte de poder estar passando por aquilo. Logo eu, que estou sozinha há um tempo, sem ter com quem partilhar esses momentos, levava a ela milhares de razões pra ela achar o máximo poder enfrentar cada tipo de situação que no início a incomodava. Notei que sem perceber, ela estampou um sorriso gigante de ponta a ponta. Assim, do nada. Estranhei. Perguntei o porquê do sorriso se no início da conversa só faltava uma arma ou luvas de boxe. E ela me respondeu: “Ter namorado é bom. Me sinto amada e segura. Mas nada no mundo se compara a ter amigos de verdade.” E dessa vez, o tal sorriso gigante apareceu no rosto de quem? Isso mesmo, no meu. Percebi que namorar é incrível, mas não é tudo. Percebi que por mais que a gente se sinta carente e sozinha muitas vezes, não estamos. E que não existe fase boa que dure a vida toda, nem fase ruim que nunca se acabe. Mas a amizade mesmo, se for construída com a cumplicidade e sinceridade necessárias, consegue ultrapassar todas essas barreiras. Sei que daqui há alguns anos a preocupação com os ciúmes e presentes podem ser comigo. O namorado até pode mudar, mas na hora de pedir conselhos alguém tem dúvida de quem vou procurar? Bom, ela sabe.
Carolline Vieira

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