Eu estava sentada ali, esperando por alguma coisa, algum sinal. Ultimamente, eu havia deixado de ser tão certa e de pensar que tudo entre nós era certeza. Nada era, aparentemente, importante o bastante pra ser ou se tornar indubitável. Talvez, o que eu chamo de parte, tenha pra você um outro significado, completamente diferente. Ou talvez não signifique nada. Então, tudo se resumia a isso? Todos os meses, ou talvez apenas alguns minutos que valeram a pena, seriam todos jogados em alguma gaveta por uma sua decisão impensada, ou talvez pensada de forma equivocada demais? Eu tentava entender quais teriam sido as mentiras. Mas então tudo se torna confuso demais, e o medo de achar algo que comprove verdades faz com que eu abandone a tentativa. Eu não podia deixar você ir. Mas não podia obriga-lo a ficar. Precisava canalizar todos os meus pensamentos para a criação de algum argumento que fosse forte o bastante pra fazer com que você parasse. Mas você me conhecia bem demais para perceber meu plano, e não tão bem para perceber as consequências que suas ações trariam. Acho que você nunca ligou muito para o que eu sentia. Quando você se foi, eu não me mexi. Não podia aceitar que, afinal, você conseguira ligar o carro, manobrá-lo e sair. Não podia aceitar que você tivesse ido, porque aceitar me levaria para um nível de sofrimento insuportável. Ainda não aceito. Ainda penso que você vai abrir a porta da frente. Talvez… Talvez, quando você me vir vai sorrir, talvez.
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