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segunda-feira, 9 de abril de 2012

— É estranho, né?
— O que?
— Olhar pra você e não sentir mais nada.
— Como assim?
— Sei lá, eu costumava ter um mundo de sensações quando te via, enquanto hoje olho pra você como uma pessoa comum.
— Nossa.
— O que foi?
— Você fala de um jeito como se não pudesse me afetar.
— Eu não tenho culpa.
— É claro que tem. A opção foi sua se afastar de mim, se tornar fria. Forçar o sentimento a sair, fingir que tinha saído, até ele sair de verdade.
— E a opção foi sua ter me dado motivos pra fazer isso.

(Heloísa Lynch)

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