ele era bom. Era um garoto legal, divertido e tinha lá seus dotes físicos. A gente se dava super bem, talvez ele até fosse o cara certo. O problema é que eu era a garota errada, não pra ele, mas pra mim. Vou tentar explicar. Eu tinha me tornado o tipo de garota que chega no espelho e pensa ''meu cabelo tá legal, o fulano deve gostar'' ou ''vou passar esse batom, o ciclano disse uma vez que adorava''. Quando encontrava minhas amigas, fazia questão de dizer ''o fulaninho é super gente fina, a gente se dá muito bem'', mas eu nunca disse ''tô tão feliz sozinha, tô me dando super bem''. Deu pra entender? Era como se a minha felicidade sempre dependesse da felicidade de outra pessoa do meu lado. Era essa mania da gente achar que nasce incompleto e que a metade da laranja vai nos completar. Mas ninguém completa ninguém, e depois de muito coração partido eu percebi que precisava fazer o meu coração bater sozinho, sem a ajuda de outra pessoa. E que o garoto legal e divertido deveria ser um tipo de excesso de felicidade, e não o motivo da minha felicidade toda. Eu precisava ser feliz sozinha e aprender de uma vez por todas que a metade da laranja, nesse caso, só serve pra fazer suco.
Teca Florencio.
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