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sexta-feira, 2 de maio de 2014

“Você não vê? Você sorriu pra mim quando eu bati no seu portão bêbado. Você não entende? Você sorriu. E eu, no meio de tudo, fui procurar logo você. Mas você não entende, não é? Você sorriu. Sorriu para o cara bêbado no seu portão na madrugada, sorriu para o cara que te fez chorar tantas vezes. E mesmo quando eu te larguei no meio da festa, você ainda sorriu pra mim. Quando eu parei de te atender, você passou por mim e sorriu. Eu fui embora, por que eu sempre vou embora, mas você me viu, me achou e sorriu. Você sorriu e me trouxe de volta, não pra você, pra mim. Porque é isso que você faz, você sempre me traz de volta para o cara que só você conhece. Você me viu e sorriu. E mesmo que se passe mil anos, você ainda vai sorrir pra mim todas as vezes que nossos caminhos se cruzarem. Você sorriu e eu perdi meu chão. Por estar bêbado no seu portão, falando coisas que não faziam o menor sentido, por estar, no meio dessa confusão toda, procurando a única pessoa que sempre sorriu pra mim. E sabe o que você fez? Você sorriu.”

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