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terça-feira, 27 de maio de 2014

Paquerar é bom, beijar melhor ainda. Mas não é por isso que temos que ir à festas pensando em quantas bocas vamos beijar. Tesão é bom, mas tesão por tesão termina em noites solitárias e vazias. Quem adota o “ai se eu te pego” como estilo de vida, não sabe o valor de um “amor I Love you”.
Não sabe como é bom paquerar de verdade, durante dias, meses até e não umas poucas horas regadas a bebidas e aos tuntz tuntz das baladas. A paquera boa é aquela que começa com olhares, depois vem o interesse pelas pequenas descobertas do outro, seguido de sorrisos e conversas cada vez mais frequentes. Até que começam as pequenas indiretas - tão diretas que qualquer um percebe – e uma pitada de implicância, cumprimentos com beijinhos perto da boca e o frio na barriga do primeiro encontro.
Ahh o primeiro encontro! As borboletas no estômago, os risos fáceis. Um pouco de timidez e charme também. Mãos que se encostam, braços que se procuram. Risadas, mãos, braços, corações. Risadas, corações. Descompassados, acelerados. Beijo. Romance a vista? Não sei. Talvez. Romance e amor são construídos e fortificados com o tempo, com a vontade de vencer as diferenças e aceitar os defeitos. Mas tudo isso pode ser a felicidade batendo na porta. Felicidade. Aquela sabe? Que todas as noites, quando coloca a cabeça no travesseiro, você se pergunta onde está.


(Ivana Guimarães)

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