Os dois deitaram no tapete, ambos olhavam minuciosamente um para outro, ela acariciava os olhos dele e fechava os olhos toda vez que a verdade novamente invadia a sua mente. Sim, ela o amava, amava aquele olhos, a boca simetricamente perfeita e o jeito com ele à olhava as vezes, como se ela fosse a coisa mais importante no mundo, como se ele tivesse ganhado na loteria e agora nem mesmo sabia o que fazer com o prêmio.
- Eu sinto a sua falta… Ela disse, ela queria chorar, só chorar não sabia por que.
- Desculpe, eu disse que tinha sido ausente e você disse que não, não é? Eu sabia, e eu também senti a sua falta. A gente se via mais não é?
Ele respondeu, agora olhando-a com tristeza no olhar.
- Talvez você não esteja ausente, talvez eu esteja muito presente, talvez eu devesse, sei lá, ir para minha cidade natal por uns tempos e…
- Não…
Ele a interrompe. Ela tenta falar mais uma vez, apesar de saber que suas próximas palavras não tinham o menor cabimento.
- Talvez isso fosse bom para nós. Ela diz tentanto mentir para sí mesma.
- Não, não faz isso comigo, EU TE AMO.
- EU TAMBÉM TE AMO, mas é… que você está aqui, eu estou aqui e ainda assim me sinto sozinha. Por quê?
Ele a abraçou. Ah, como ela amava aquele abraço, sentir o cheiro dele, ela podia sentir o coração dele batendo. Isso diminuia tanto a falta que ela sentia dele.
- Se lembra aquele dia no seu apartamento, que eu fiquei te olhando, te observando… Sabe por que eu tava fazendo aquilo?
Ela não respondeu, ficou lá quieta no abraço dele, onde era quentinho e seguro.
- Por que eu descobri que amo você muito mais do que eu imaginava, é verdade.
Ele conclui, arrancando um sorriso dela. Ela sorri e finalmente parece que aquela coisa no peito esta indo embora. Ela sente a súbita sensação de levitar por alguns segundos, ela sente borboletas no estômago, ela sente o coração parar de bater por alguns segundos e é como se o tempo parasse.
- EU TAMBÉM TE AMO, me deixa sozinha o menos possível tá?
- Quando?
- Sempre.
Ela responde, sorrri e o beija. Ah, como ela ama aquele beijo!
- Quésia Mello
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