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quinta-feira, 19 de maio de 2011



Meu nome é Giuliana, tenho 16 anos. Desde os 6 meus pais são separados. Sempre achei que pai e mãe eram um exemplo fiel de amor, até conhecer os meus. Eles só se casaram porque eu ia nascer e dia desses, eu percebi que eu nunca vi nenhum beijo dos dois. Sabe aquela cara de nojo que as crianças fazem por não entenderem o que seus pais estavam fazendo quando se beijavam? Eu nunca tive essa cara. Mas eu sempre acreditei no amor. Mesmo que meu pai e minha mãe não fossem amor, eu sabia que o amor existia. Eu cresci e depois de um tempo eu senti um aperto no coração a cada vez que eu via a minha amiga segurar a mão do meu menino. Eu era pequena e descobri daquela forma, o que não era ter um gostar recíproco. Os anos se passaram, eu conheci a internet, o fake, conheci gente distante e o amor. O amor que me dilacerou, me fez chorar. Que me encheu de sonhos e os apagou na manhã seguinte. Conheci a despedida. Conheci a perda. E a definição da perda como algo irreversível.
Meu nome é Rodrigo, tenho 17 anos. Meus pais são casados há anos, até então, eu nem sabia o que era amor, na verdade não faz muito tempo que eu realmente descobri o que é, por que cada um vai aprendendo com cada experiência, cada lágrima, cada batimento, cada sorriso, não é mesmo? Mas meus pais foram um grande exemplo pra mim, mesmo ele sempre longe, eu acreditava no amor dele pela minha mãe, e até hoje acredito. Mas eu não tive a mesma sorte que eles, eu sempre sofri, já fui traído, já fui não correspondido, a distancia já me atrapalhou, mas com isso eu aprendi que tudo vem através de experiências de vida. Eu nunca acreditei no amor, honestamente, não acreditava até conhecer ela, até sentir o toque dela, até olhar dentro dos olhos dela, até sonhar com ela. Esse amor, que já me fez chorar, que já me fez sofrer, me fez sangrar de dor, hoje, me faz feliz, mas às vezes machuca, por que eu não a tenho em meus braços totalmente, mas esse amor que eu nunca acreditei, eu tenho esperanças que um dia me faça acreditar nele e que realmente ele exista.
E eu, Giuliana, sei que mesmo com o coração despedaçado, ele se regenera. Mesmo sabendo o quanto a distância dói, sei que se a história fosse fácil, não teria o mesmo valor. Mesmo que a perda ainda me parta aqui dentro, sei que as memórias boas ficam. Me fazem o que sou. Humana, amante e apaixonada.
E eu, Rodrigo, mesmo desacreditando em boa parte no amor, acredito que ele exista. Mesmo todo machucado, eu sei que ela é meu remédio. Mesmo que eu me sinta vazio sem ela, eu sei que vou a ter ainda. E tudo isso me faz o que eu sou. Sonhador, lutador e apaixonado.
Não importa o tempo, a idade e a quantos quilômetros de distância a pessoa está longe de você. Só há uma certeza, todos nós estamos destinados ao amor.
Rodrigo (DGB) & Giu K. (23:23)

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