"Você sorri gostoso. Pergunta se também senti borboletas no estômago. Claro que sim. Comeria até baratas por você, exagero. Mas é sério mesmo. Você diz “ui, que nojo” rindo. Diz que gosta de mim, faço você rir. Merda. O relógio é tipo um assassino do amor. Você me diz pra não falar palavrões. É feio e minha boca é tão bonita. Entendo que minha roupa é tão bonita (essa jaqueta realmente me deixa foda). Não, não. Boca. Lábios. Eu beijo mais uma vez, aquecendo suas orelhinhas. Você diz que queria ficar mais tempo. Eu digo que vou ligar. Você diz que tudo bem, não precisa. Mas eu quero. Eu nunca sei o que fazer numa situação dessas. Quanto tempo espero antes de ligar? Vou embora alegre, pensando em você e bolando um jeito de não mais falar palavrões. Porque nunca mais quero ter de lavar a boca.”
— Gabito Nunes.
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