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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Se entregar é mesmo assim, muito dificultoso. Ás vezes (só as vezes, juro) fico colocando a culpa logo em mim - sim menino, não me olhe do avesso - acho que ás vezes o culpado sou eu mesmo: eu que exijo demais, eu que preciso demais. Eu que luto por tanto riso, que tanto faço com meus sonhos fazer com que este céu encima dos meus amores fico num azul, clarinho. Eu que fico sempre a procurar, reencontrar, caçar amores, eu que fico a ignorar os sinais de dores, eu que fico a me enganar por outras paixões, eu que vivo a me entregar a tantos ardores. Fazia muito tempo que eu não me via, depois que tudo deu errado pra mim, mas depois de tanto exigir, hoje vejo: Não adianta ficar assim, procurando em minas, festas, em contos do Caio todos os amores. Não adianta procurar este ser perfeito encima de um calavo branco, cheio de acertos. Decidi mudar, procurar um tipo diferente de porto - estou procurando um tal riso, alguém que esteja disposto a mudar por mim, a fazer por nós, aquilo que os outros azarados teimaram em não fazer. Tô procurando um alguém bonito, que saiba me perder, que procure me salvar, sem exigir, sem magoar! Tô procurando alguém bonito, bonito, mas desta vez, que seja por dentro! Tô procurando um amor destes verdades, um ser bonito, que me ganhe por sorrisos, que saiba como ser assim: recíproco!
Igor Lopez. 

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