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quarta-feira, 10 de outubro de 2012


“Eu não gosto de relacionamentos. Se isso te interessa em algum sentido, então siga a linha de raciocínio. Relacionamentos são construídos na base de promessas, confiança e amor. Tudo isso remete a uma só coisa: palavras. Me dê a sua palavra de que vai ficar. Me dê a sua palavra de que não vai me deixar; de que vai me amar. Você promete? Promete ficar pra sempre? Promete permanecer ao meu lado mesmo quando finalmente enxergar que não valho à pena? Prometo. Tá. Ok. Depois daí, o que acontece? Você confia. Você confia porque é a única coisa que te resta, levando em consideração o fato de que não tem muitas escolhas. Você ama, e o amor é uma prisão. O tipo de prisão que consequentemente leva a um relacionamento, e que posteriormente te faz acreditar em palavras. Até onde eu sei pessoas mudam, certo? Pra melhor ou pra pior, elas mudam. Opiniões mudam. A vontade pode passar e o amor que ela te garantiu pode ir embora. Você não tem seguro pra um coração partido; você não tem um contrato te afirmando que tudo vai ficar bem, mas você se arrisca do mesmo jeito. Você manda a sanidade pra qualquer canto do mundo que não seja a sua consciência e mete o pé no acelerador. Você se joga. Se perde. Não se encontra e não se importa. Você esquece…. Esquece que palavras são só palavras, esquece que qualquer um no mundo está submetido à metamorfose. Acho que amar, no fim de tudo, é só uma questão de ser esperto ou ignorante. Digo, as pessoas por aí sabem o que acontece com um relacionamento mal sucedido, não sabem? As pessoas têm consciência de que podem quebrar a cara bem feio se as coisas não funcionarem direito. E desculpa informar, mas as pessoas são burras. São ignorantes. São estúpidas. Fingem não enxergar o que está bem à frente: o amor é uma droga. Vai te levar pro fundo do poço e vai te fazer crer em algo que não é capaz de te transmitir nem um pingo de segurança. E no final, a única coisa que acontece é aquilo que você sempre soube que iria acontecer, certo? Então pra quê correr o risco? Pra quê se deixar levar por um alguém desse jeito? Não faz sentido. Eu prefiro ser esperto… Autossuficiente, sabe? Prefiro precisar de mim mesmo, porque o amor que sinto por mim é o único no mundo inteiro que eu sei que não machuca. O único que não vai me deixar na mão, o único que não vai arranjar um jeito de me deixar louco. Eu sou do tipo que se previne. Eu cuido do que é meu enquanto você cuida do que nunca vai ser seu. Eu não deixo o amor entrar, e você? Ah sim, certo. Você continua fazendo o seu insignificante papel de idiota, como sempre fez e como sempre vai fazer. A culpa pelo seu coração partido não pertence a ninguém, amigo. Ninguém além de você.”
~ Thomas; 1x1  (via declinar )

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